O jornalista Marcelo Rodrigues, diretor da Rádio Sumaúma FM, de Ribamar Fiquene-MA, denunciou ao delegado regional, Assis Ramos, da 10ª Regional de Segurança de Imperatriz, que sofreu invasão no estúdio da rádio, às 9h de quarta-feira (4), com agressão verbal e ameaças, no momento em que apresentava o programa de variedades e notícias “Bom Dia Sumaúma”.

Marcelo Rodrigues conta que no programa levantava denúncias do registro de comentários em postagens por meio do facebook, que conotavam respostas declaradas pelo vereador presidente da Câmara Municipal de Ribamar Fiquene, Júlio Cesar Oliveira, criticado por internautas em razão de ter dito que estava mandando parar a obra de revitalização da Rua Pará, no centro da cidade, bem como autorizando carro pipa para molhar a área, para minimizar a poeira.
Os internautas comentavam denunciando que o vereador estava querendo substituir o prefeito ao se intrometer nas ações da prefeitura. Outros comentavam que ele deveria se preocupar com o legislativo e fiscalizar o governo municipal em defesa dos interesses do povo.
Marcelo Rodrigues diz que o vereador Júlio Cesar não gostou do comentário feito por ele no “Bom Dia Sumaúma”, e invadiu o estúdio da rádio, agredindo verbalmente e ameaçando o jornalista. 
“Fiquei assustado, sim, afinal foi uma invasão. Naquele momento poderia ter acontecido uma tragédia, eu estava sozinho. O único e o melhor companheiro naquela hora foi Jesus Cristo, meu guardião. Lógico, que instigado, respondi no mesmo tom, inclusive tudo ficou gravado. O microfone da rádio estava aberto. O povo ouviu e muitos gravaram”, comentou o radialista.
O sargento Macedo, que responde pelo destacamento da Polícia Militar no município, foi acionado e logo se dirigiu à Rádio Sumaúma, mas quando chegou o vereador tinha se retirado. “Estamos aqui para saber o que realmente aconteceu e tomar as providencias cabíveis”, disse o policial militar.
Muitos populares se dirigiram para o local, todos para se solidarizar com o jornalista Marcelo Rodrigues e se colocarem à disposição, inclusive com as gravações feitas por meio do celular. Os demais companheiros de trabalho, inclusive pastores das igrejas evangélicas, repudiaram o ato praticado pelo parlamentar municipal.  
Ao registrar a queixa-crime, o jornalista pediu garantia de vida com o objetivo de resguardar sua integridade física e por se sentir inseguro. Outra medida deverá ser tomada pelo advogado Daniel Sousa – do Sindicato dos Jornalistas e Radialistas de Imperatriz, quanto a  representação denunciando o vereador, no Ministério Público do Maranhão.