Cícera Célia e Daniel Teotônio se recusaram a fazer a reconstituição da ocultação do cadáver

Os irmãos Cícera Célia e Daniel Ribeiro Teotônio, acusados  de envolvimento na morte do microempresário Pedro Brandão Ventura,  não participaram da reconstituição feita na fazenda localizada no assentamento Saramandaia, na zona rural de Buritirana, distante 80 km de Imperatriz. 

Cicera Célia e Daniel Teotônio se negaram a fazer o procedimento, que objetivava obter maiores detalhes sobre o crime, no que se refere a ocultação do cadáver do microempresário, Pedro Ventura. Os dois acusados têm o direito de se negar a participar da simulação porque não são obrigados a criar provas contra eles mesmos.
A reconstituição aconteceria na manhã desta terça-feira (29), no local onde o corpo de Pedro Brandão Ventura foi sepultado em uma cova rasa, no dia 21 de agosto de 2015 e encontrado no dia 15 de janeiro de 2016. Foi Daniel Teotônio que enterrou o corpo de Pedro Ventura, na mesma noite que ele foi assassinado por Cicera Célia, com dois tiros na cabeça. Laercio Teotônio, também acusado de envolvimento no crime, não foi até ao local onde Pedro Ventura tinha sido enterrado, porque segundo Célia, ele não participou do crime.
Daniel disse que não tinha condições físicas para realizar a reconstituição, tendo em vista que estava debilitado fisicamente por não ter se alimentado. Os três participaram da reconstituição na casa da rua Minas Gerais, que foi feita na tarde de segunda-feira. 
Na tarde de terça-feira aconteceu a continuação da audiência de instrução, que ainda não terminou. Os acusados ainda não foram ouvidos. 
O laudo do Instituto de Criminalística (ICRIM), a respeito do que foi definido na reconstituição, deve ficar pronto entre 15 e 30 dias.  
A reconstituição serve para saber com exatidão como as coisas aconteceram. Se existem várias testemunhas de um crime, é feita uma reconstituição de toda a cena do crime pra ter certeza se todas as versões batem.