IML de Imperatriz está funcionando precariamente para exames de DPVAT

Nos últimos dias, O PROGRESSO tem recebido denúncias de que o Instituto Médico Legal de Imperatriz (IML) não vem tendo o atendimento normal, deixando várias pessoas sem exames periciais, principalmente no que diz respeito ao seguro DPVAT.

De acordo com uma das denúncias, formulada pelo advogado Elkemárcio Brandão Carvalho, desde o dia 15 de fevereiro que não são realizados exames periciais para o seguro DPVAT. Segundo o advogado, pessoas estão agendando os exames e quando chegam para fazê-los, têm o desprazer de serem comunicados que uma outra data será agendada por falta de condições que o exame seja feito no prazo determinado. “O atendimento aconteceu até o dia 9 de fevereiro e, de lá para cá, os meus clientes foram surpreendidos com a não realização das avaliações pelos médicos legistas”, enfatizou o advogado Elkemárcio Carvalho.
Diante dessas denúncias, a reportagem procurou a diretora do IML, a médica Ana Paula dos Reis Milhomem Miranda, que encaminhou o repórter para a auxiliar administrativa, Conceição de Maria Rodrigues Costa, que falou sobre o problema.
Segundo Conceição, o contrato com a empresa Fundação José Montello, que era responsável pelos funcionários do IML em Imperatriz, venceu e o governo do estado resolveu não renová-lo. “Mediante esse fato, todos os funcionários do Instituto Médico Legal de Imperatriz foram demitidos e, por isso, alguns setores não estão funcionando, como é o caso dos exames de Seguro DPVAT”, explicou Conceição.
De acordo com a funcionária, foi feito um seletivo, mas apenas quatro pessoas conseguiram realizar todas as etapas de treinamento, sendo que duas ficaram no IML e as outras duas foram para o ICRIM - Instituto de Criminalística. Para acabar os transtornos, é necessário que pelo menos doze funcionários estejam trabalhando no IML de Imperatriz, que tem uma grande demanda, porque atende em um raio de 500 km.
No momento, então, apenas duas funcionárias estão atendendo no IML fazendo plantões de 24 x 24 horas. Uma trabalha a cada 24 horas, realizando outros serviços no Instituto, como, por exemplo, exames de mulheres agredidas pelos maridos, que são muitas no dia a dia. “Só para se ter uma ideia, somente hoje (ontem) dez mulheres procuraram o IML para esse tipo de exame. Esses casos têm prioridade, como também as autópsias”, informou Conceição de Maria.
Segundo informações, o governo do estado estaria agilizando a realização de um novo seletivo, mas que até o momento ainda não tem sequer prazo. Enquanto isso, o atendimento vai continuar precário, para desespero das pessoas que estão precisando de exames, principalmente no caso do Seguro DPVAT.