Mais um ônibus foi vítima de assaltantes no início da manhã desta segunda-feira (27), na rodovia federal BR-226, trecho em que passa pela Reserva Canabrava, onde se concentram várias aldeias da etnia Guajajara, no município de Grajaú.
Esse foi o quinto caso registrado em menos de uma semana. De acordo com informações, os assaltantes levaram as bagagens dos passageiros e aproximadamente R$ 10 mil em mercadorias,
Na madrugada de sábado (25), o motorista que conduzia um ônibus da empresa “Princesa do Agreste”, João Amaro da Silva, 57 anos, foi assassinado após se atrapalhar na hora de abrir a porta do coletivo. A ação dos criminosos no trecho é favorecida pela falta de infraestrutura. Em 125 km, os condutores gastam pelo menos duas horas de viagem.
Segundo o que foi apurado, os índios poderiam ser os mesmos que há cerca de três anos praticavam assaltos naquele mesmo trecho da BR-226. Eles foram presos e cumpriam pena na Penitenciária de Pedrinhas. Entretanto, há cerca de 20 dias foram colocados em liberdade pelo mutirão carcerário que está sendo realizado no Complexo de Pedrinhas.
O pior é que somente a Polícia Federal pode entrar nas aldeias e assim com determinação judicial. Isso dificulta o trabalho da Polícia Militar e Polícia Civil, que só podem prendê-los fora das aldeias, como ocorreu três anos atrás.
Os índios voltaram também a interditar trechos da rodovia, principalmente os que passam pela reserva Canabrava e cobrarem pedágios para que caminhões, ônibus e todo o tipo de veiculo possam passar.
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