Luciele Cardoso, que trabalhava como caixa de uma famosa pizzaria da cidade e estava de férias, morreu a caminho do Socorrão

Após investigações da Polícia Civil, foi identificado o autor dos disparos que mataram a jovem Luciele Cardoso Nascimento, 31 anos, fato ocorrido no fim da madrugada do último domingo (19). A jovem foi atingida por uma bala perdida.
Trata-se do adolescente de 16 anos, de iniciais A.S.S., que está foragido desde o dia do crime, conforme informações passadas aos investigadores pela mãe dele, que reside no Bacuri.
O fato foi confirmado pelo vendedor de balas Raimundo Moreira Barros, que reconheceu o adolescente através de fotografia. O baleiro teria sido o pivô de toda a confusão, que acabou nos disparos feitos a esmo pelo adolescente e cujos projéteis atingiram Luciele Cardoso Nascimento e o menor Ronaldo Feitosa Barros, de 14 anos. Luciele acabou morrendo e Ronaldo foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Imperatriz, onde ainda se encontra em tratamento e em situação estável.

Rixa

Segundo o delegado regional Assis Ramos, o adolescente A.S.S. e o vendedor de balinhas Raimundo Moreira Barros haviam discutido na quinta-feira (16) por motivo de um capacete. Conforme Assis Ramos, o baleiro, que atua próximo a uma casa noturna na Beira-Rio, tem o costume de guardar capacetes para as pessoas que frequentam o local.
Na quinta-feira, A.S.S. queria um capacete deixado lá por uma outra pessoa, dizendo que era de sua propriedade. O baleiro disse que não poderia entrega-lo o capacete, porque tinha sido outra pessoa que havia deixado sob sua guarda. Discutiram e até foram às vias de fato. O adolescente teria levado a pior e prometeu que voltaria. No fim da madrugada de domingo, o adolescente voltou e o baleiro, sentindo-se ameaçado, chamou os seguranças da danceteria, que observaram que A.S.S. estava armado e acionaram a Polícia Militar. O adolescente correu e montou na garupa de uma motocicleta que estava à espera com outro jovem. Quando fugia, efetuou vários disparos, os quais acertaram Luciele e Ronaldo.
Essa tragédia vem comprovar, mais uma vez, que em Imperatriz menores de idade estão andando armados e ficam até altas horas da madrugada fora de casa sem que os pais possam fazer nada. Inclusive, esse adolescente é reincidente em casos policiais, porque já foi apreendido acusado de tráfico de droga e tem Declaração de Ato Infracional (DAI), na Delegacia do Adolescente Infrator.