Já chegou a 90 dias a greve dos delegados de Polícia Civil em todo o estado do Maranhão sem que uma solução seja dada, tanto pelo lado do governo como pela Associação de Delegados de Polícia do Maranhão (ADEPOL).
Ontem, o presidente da ADEPOL, Marconi Chaves Lima, acompanhado de assessores, esteve em Imperatriz e reuniu-se com todos os delegados lotados na Delegacia Regional. Marconi Chaves confirmou que a greve continua porque, segundo ele, o governo não atendeu às reivindicações da classe até agora.
Segundo Marconi Chaves, a ADEPOL vai marcar uma reunião com o Ministério Público Estadual e com a Assembleia Legislativa para que esses dois órgãos possam intermediar uma solução entre a ADEPOL e o Governo do Estado. A intenção é que o impasse chegue ao fim.
Os delegados estão trabalhando em regime de plantão, conforme acordo feito entre a ADEPOL e o Tribunal de Justiça, que decretou legal o estado de greve dos delegados da Polícia Civil do Maranhão.
Atualmente no Maranhão, 121 cidades estão sem delegados e cerca de 1800 presos estão em delegacias de todo o estado.
Os delegados reivindicam a urgente incorporação das horas extras ao subsídio, no entanto o governo do Estado prometeu atender essa reivindicação somente em janeiro de 2012. Eles também querem o aumento das horas extras na mesma forma que foi concedida nas carreiras dos policiais civis e agentes penitenciários, de 5% em junho e 5% posteriormente, além do cumprimento da decisão judicial de 2007, tomada durante o governo de Jackson Lago, que garante isonomia para os delegados como a do procurador do Estado.
Outro lado – O governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado de Segurança Pública (SSP) e Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplan), informou que a URV (Unidade Real de Valor) foi implantada no mês de julho e será paga no salário referente ao mês de agosto de acordo com o determinado por sentença judicial. Desta maneira, a SSP acha que cumpre a decisão da Justiça.
O pagamento com base no salário de 2004 (época em que saiu a sentença) e não no vencimento atual – fato questionado pelos delegados – está sob avaliação da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Publicado em Polícia na Edição Nº 14192
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