Detentos colocam em prática os conhecimentos adquiridos sobre a arte do grafite

Oficinas de grafite destinadas aos detentos e melhorias no sistema penitenciário do Maranhão marcaram, na manhã dessa sexta-feira (11), o encerramento do programa “Defensoria no Cárcere”, promovido pelo Ministério da Justiça. O evento consiste em fomentar, aprimorar e uniformizar a atuação dos defensores públicos nos estabelecimentos penais.

No início do evento, foram apresentadas aos defensores as melhorias no sistema carcerário do estado. A ouvidora da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap), Odaíza Gadelha, falou sobre a redução de 75% no número de homicídios no Maranhão, de janeiro a novembro de 2015, em relação ao mesmo período de 2014.
As obras de construção, ampliação e reforma de presídios resultarão na abertura de mais de 1.800 novas vagas no sistema prisional até 2016, a inserção de mais de 1.200 apenados no mercado de trabalho, a construção da fábrica de blocos de concretos, além de outros significativos avanços que também foram destacados durante o evento.
“O que nós – servidores, internos e sociedade em geral – podemos perceber é que o sistema penitenciário do Maranhão tem passado por transformações históricas e elas têm sido extremamente positivas. E isso é só o começo de muitas outras intervenções positivas que virão nos próximos anos de gestão”, pontuou a ouvidora da Sejap, durante a palestra.

Grafite
Na oportunidade, alguns internos participaram da oficina de grafite. Intitulado “Traços da Liberdade”, o projeto é fruto de parceria com a 2ª Vara de Execuções Penais (VEP), cujo titular é o juiz Fernando Mendonça.
Os internos receberam instruções de dois profissionais da grafitagem, que auxiliarão os detentos a imprimir mensagens de liberdade no muro do complexo.
A coordenadora da iniciativa, Cleideomar Gomes Pereira, de 28 anos, falou que o projeto busca, através da arte, resgatar a autoestima do apenado, cooperando no processo de reintegração social dele. “O projeto busca repassar valores e princípios aos internos, mostrando que a arte pode transformar a vida deles para melhor e contribuir até como fonte de renda”, disse Gomes.