O delegado Jefferson Portela, indicado pelo governador eleito Flávio Dino para comandar a Secretaria de Segurança Pública, em entrevista nessa quarta-feira (17), se posicionou contra a ausência de coronéis da Polícia Militar do Estado para fazer cursos de treinamentos em outros estados.
Trata-se de um edital publicado no site da Polícia Militar no fim do governo Roseana Sarney que diz que, a partir de 2015, metade dos coronéis da PM maranhense se afastará por dois anos de suas atividades para fazer um curso de treinamento fora do Maranhão.
“No momento em que o sistema está em crise, nós não podemos prescindir de 50% do comando policial”, disse Jefferson Portela.
O futuro secretário disse ainda: “Nós precisamos é de mais policiais no comando, no planejamento, na execução das operações de segurança”.
O caso foi tratado na Tribuna da Assembleia Legislativa pelo deputado Marcelo Tavares, que afirmou que é preciso ter bom senso para realização dos cursos de aprimoramento, tendo em vista que metade do contingente policial não pode deixar o estado ao mesmo tempo.
Levantamentos feitos indicam que os índices de insegurança no Maranhão aumentaram nos últimos anos. Segundo o Observatório da Violência, o número de homicídios no estado aumentou 400% nos últimos 12 anos, ou seja, cinco vezes maior do que em 1992.
Segundo a equipe de transição do atual governo, dos 24 coronéis da ativa no Maranhão, 12 estão inscritos no curso que deve durar 2 anos. Inclusive, haverá o encontro entre o Coronel Aldimar Zanoni Porto, atual comandante geral da PM, e o futuro comandante geral, Marcos Antonio Alves, para tratar do assunto.
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