Funac de Imperatriz pede socorro às autoridades

Fugas, brigas, excesso de internos em uma só cela, número insuficiente de monitores, muros caindo aos pedaços. Esses são alguns dos vários problemas que se apresentam na Fundação Nacional da Criança e Adolescente (FUNAC), unidade de Imperatriz.
Atualmente, na Funac estão custodiados 38 internos. O número era de 43, mas na madrugada dessa sexta-feira (29) cinco fugiram e por pouco não acontecia uma fuga em massa. Segundo informações passadas a O PROGRESSO por uma fonte que pediu para não ser identificada, nos plantões tem apenas 4 monitores, que não usam armas nem sequer podem falar mais alto com os internos. Na noite de quarta-feira, um monitor fraturou o braço na ocasião em que estava separando uma briga entre dois internos.
As estruturas dos alojamentos estão precárias e as celas são para comportar no máximo 6 internos e atualmente são colocados até 14. O prédio que abriga a Funac de Imperatriz foi construído em 1975, ainda quando estava sob o domínio da antiga Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (FEBEM), que foi extinta. Desde então, poucas vezes passou por reformas.
Na Funac de Imperatriz tem meninos cumprindo medidas sócios educativas, cujas penas vão de 6 meses a 3 anos, por tentativa de homicídio. Ao todo, são sete menores infratores nessas condições. De acordo com o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), isso não pode ocorrer na Funac de Imperatriz.
A unidade local recebe menores infratores das regiões tocantina, sul e central do estado. Isso porque somente em Imperatriz e São Luís existem unidades da Funac.
Entre os cinco internos que fugiram na madrugada dessa sexta-feira, três são de alta periculosidade e garotos que já passaram e retornaram à Funac porque continuaram delinquindo.
Um deles é um dos maiores ladrões de motocicleta de Imperatriz, apesar de ter apenas 15 anos.