Juiz Marcelo Baldochi denunciou que está sendo ameaçado de morte
Policiais militares em frente ao Fórum de Senador La Rocque
Papel com uma vela, um tipo de ameaça

A Polícia Civil está investigando um atentado ao Fórum de Senador La Rocque, distante 50 km de Imperatriz. Nessa segunda-feira (3) pela manhã, quando os funcionários do Fórum chegaram para trabalhar, encontraram na porta uma garrafa com combustível e um pavio que havia sido aceso e jogado naquela casa. Houve apenas uma pequena explosão, que queimou o tapete que fica na porta de entrada e fumaçou o piso, não causando maiores danos. Outro coquetel molotov foi jogado no telhado, mas também não explodiu.
Próximo à porta de entrada, também foi encontrado um papel de caderno onde está escrito: “Baldogue (se referindo ao juiz Marcelo Baldochi), nóis quer trabalha”. Em um canto do papel, foi encontrada uma vela.
O juiz Marcelo Testa Baldochi, que não acusou ninguém de autoria do atentado, disse que essa é uma forma de tentarem intimidar as ações da Justiça. O magistrado informou a O PROGRESSO que decretou mandado de busca e apreensão em alguns locais na Gleba Cipó Cortado e, por isso, vem recebendo ameaças de morte. Além de mandado de busca e apreensão para apreender armas, tem também dois mandados de prisão preventiva.
Segundo Marcelo Baldochi, esses mandados foram decretados há algum tempo e nunca foram cumpridos. O magistrado criticou a falta de apoio do governo, tanto do Estado como da União, para cumpri-los. “Nesses locais, todo mundo anda armado. Posseiros, fazendeiros e sem terras. Quando existe a ausência do Estado e da União, tudo se torna difícil”, disse.
Segundo Baldochi, esse problema da Gleba Cipó Cortado já tem mais de 30 anos e nunca foi resolvido. Já morreram várias pessoas e ainda vai morrer mais se o Estado e a União não tomarem providências.
Baldochi disse que já ameaçaram até invadir uma fazenda de sua propriedade, localizada no município de Buriticupu, e que nada tem a ver com a confusão da Gleba Cipó Cortado.
O caso foi comunicado à Secretaria de Segurança Pública, Ouvidoria Agrária, Judiciário e Ministério da Justiça.
Policiais militares e civis estão dando segurança ao magistrado e funcionários do Fórum. Todas as pessoas estão sendo revistadas antes de entrarem no local.