Os meios de comunicação de Imperatriz, em especial O PROGRESSO, têm chamado a atenção das autoridades de Imperatriz para essa questão de “flanelinhas” e moradores de rua, os quais são praticamente os mesmos, que estão constituindo-se num problema sério para a cidade.
Normalmente usuárias de drogas, essas pessoas estão tomando conta de áreas de lazer, onde marcaram território e se tornam agressivas quando um proprietário de carro estaciona e se nega a pagar pelo estacionamento, mesmo porque não tem obrigação para isso.
Quando isso ocorre, os “flanelinhas” partem para agressões verbais e até para as vias de fato, como também depredam o veículo daquela pessoa, riscando a pintura e outros danos.
Nos últimos 60 dias, cinco “flanelinhas” foram assassinados em Imperatriz e isso pode ter tudo a ver com as atitudes violentas que eles tomam quando disputam pontos de estacionamento de veículos, dos quais eles acham que são donos.
No fim da noite dessa quinta-feira (21), exatamente às 23h30, um “flanelinha” conhecido por “Negão”, que marcou território para “vigiar” carros na área da “Romano’s Pizzaria”, no centro da cidade, por pouco não cometeu um homicídio.
A vítima foi o juiz Marcelo Testa Baldochi, titular da 3ª Vara de Família da Comarca de Imperatriz, para onde foi transferido no início do mês. Antes, o juiz era titular da Comarca única de Senador La Rocque.
O magistrado, que dias atrás teve um atrito com o “flanelinha”, sendo este acusado de ter riscado a pintura do seu carro, foi agredido a golpes de pau no ombro direito e na cabeça. Segundo o juiz, o “flanelinha” chegou a dizer que não era para ele estacionar o seu carro naquele local, como se fosse dono da rua.
O magistrado, ensanguentado, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado inicialmente para o Hospital Municipal de Imperatriz, o “Socorrão”, onde recebeu os primeiros socorros, e depois para o Hospital das Clínicas (HC).
Prisão
Mediante o ocorrido, o diretor do Fórum Henrique de La Rocque, juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto, solicitou ao comandante do 3º BPM, Tenente Coronel Edeilson Carvalho, para que não medisse esforço para prender o agressor. Essa mesma solicitação foi feita ao delegado Assis Ramos.
Durante todo o dia de ontem, policiais militares, sob o comando do próprio Tenente Coronel Edeilson Carvalho, realizaram diligências em toda a cidade, mas não conseguiram prender o acusado. Os militares descobriram a casa da namorada de “Negão” e montaram campana na área. Mas, desconfiado, ele não apareceu.
Até o fechamento desta edição, ele ainda não tinha sido localizado e preso. Ele vai responder por tentativa de homicídio.
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