George Sandres e o filho George Aluízio são acusados de mandantes do crime

Policiais civis da Delegacia do 2º Distrito Policial, sob o comando do delegado titular, Carlos Alberto Brasil, prenderam nessa quinta-feira (15) o fiscal de rendas George Sandres Gomes Melo, 59 anos, e o filho dele, George Aluízio Santiago Melo, 22 anos, em cumprimento a mandado de prisão decretada pela Justiça, através da juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz.
Pesa contra os dois a acusação de serem os mandantes da execução do tatuador Ciro Martins, fato ocorrido no mês de julho deste ano. Antes, já tinha sido preso o terceiro acusado de envolvimento no crime, o segurança Ramon Mendes de Araújo.
Ciro Martins foi retirado à força de casa, colocado no Fiat Punto cor vermelha, placa NHM-4686 Imperatriz, de propriedade de Georges Sandres, e levado para o antigo “Buraco Fundo”, onde foi executado a tiros. O veículo foi apreendido.
Os policiais cumpriram também mandado de busca domiciliar na residência de George Sandres, onde foi apreendido um coldre. Pai e filho estão à disposição da Justiça no presídio de Davinópolis.
O caso - Tudo começou na chamada Praia do Goiás, localizada do outro lado do rio Tocantins, no povoado Bela Vista, no município de São Miguel. Segundo o que foi apurado pela polícia, o tatuador Ciro Martins pediu para George Aluízio pagar uma cerveja para ele. O jovem recusou-se e isso teria gerado uma discussão, ocasião em que George Aluízio desferiu um soco no rosto de Ciro Martins. Ato contínuo, Ciro Martins sacou um estilete e desferiu um golpe nas costas de George Aluízio, que levou 22 pontos e ficou por alguns dias em um hospital.
Segundo as investigações da Polícia Civil, junto a Ramon Mendes Araújo, George Aluízio e o pai, o fiscal de rendas George Sandres, foram até a casa do tatuador Ciro Martins, onde o colocaram à força no Fiat Punto, de propriedade do fiscal, e o levaram para o antigo “Buraco Fundo”, onde o executaram.
Primeiro a ser preso - O primeiro a ser preso foi o segurança Ramon Mendes Araújo, fato ocorrido na cidade de Redenção do Pará, para onde ele havia fugido depois de escapar de um cerco policial no bairro Nova Imperatriz. O pai e o filho tiveram mandado de prisão pedido, mas inicialmente foi negado pela Justiça. Porém, com a prisão de Ramon e mais evidências do envolvimento dos dois no crime, a Justiça decretou a prisão deles.
Ramon Mendes Araújo, em entrevista à imprensa, disse que não teria sido ele o executor de Ciro Martins. A sua missão no crime, segundo ele, foi de apenas mostrar a casa do tatuador, informação pela qual teria recebido R$ 300.00. Ramon Araújo informou que quem executou Ciro Martins teria sido George Aluízio, com a ajuda do pai, George Sandres.