Manifestantes, diante da Delegacia Regional, pediram mais ação da Polícia Civil na apuração do caso
Promotor Joaquim Júnior conversou com a viúva de Iron Vasconcelos, Anameire Araújo

Familiares e amigos do professor Iron Vasconcelos realizaram, no fim da manhã dessa sexta-feira (7), manifestação em frente à Delegacia Regional de Polícia Civil em Imperatriz.
Os manifestantes, com faixas, cartazes e fotos do professor Iron Vasconcelos, pediram justiça e mais empenho na apuração do caso para que os culpados pelo assassinato sejam identificados e presos.
Na segunda-feira (10) completará oito meses que o professor Iron Vasconcelos foi assassinado a tiros quando chegava em casa, depois de trabalhar no Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva, já que ele também atuava como palhaço e animava principalmente festas de crianças, como tinha ocorrido naquela noite. O crime foi tipificado como de encomenda, mas até o momento supostos pistoleiro e mandante não foram identificados e, consequentemente, presos.
Segundo a viúva da vítima, Anameire Araújo, ontem foi o primeiro passo. “Nós esperamos todos os prazos da Justiça e estava na hora de dar um basta nesse silêncio, nessa morosidade. A família e os amigos esperam uma resposta fundamentada da Justiça e que o caso seja solucionado”, disse.
O presidente das promotorias da Comarca de Imperatriz, promotor Joaquim Júnior, que esteve presente na manifestação, afirmou que a sociedade está com razão ao se manifestar e pedir respostas desse caso e admitiu que as investigações estão lentas. “Nós esperamos que a Secretaria de Segurança Pública disponibilize um maior efetivo para a investigação desse caso, porque é um caso complexo, que exige laudos técnicos, exige um apoio da polícia técnica, não é uma investigação comum”, afirmou.
Joaquim Júnior também destacou que o Iron é vítima e o que se cogitou na cidade a respeito da conduta do professor não ficou comprovado nas investigações. “Isso também é irrelevante para esse caso e não justifica a forma bárbara com que ele foi morto”, disse Joaquim Júnior.
O delegado regional Assis Ramos, que está à frente das investigações, declarou que recebeu com normalidade a manifestação, que é um direito do cidadão. “Isso serve até para que as autoridades sejam alertadas e nos dê mais condições de trabalho”. Segundo Assis Ramos, o Ministério Público devolveu o inquérito e solicitou novas diligências. Quanto ao silêncio, é porque as investigações assim determinam, mas a viúva foi comunicada de tudo o que foi feito até agora. “O sigilo é obrigatório em função das investigações, mas a família da vítima foi comunicada do que ocorreu até agora. Nós não podemos sair prendendo as pessoas sem provas suficientes. O sigilo, que estão dizendo que é silêncio da polícia, vai continuar”, disse Assis Ramos.
Uma nova manifestação já foi marcada para acontecer na próxima sexta-feira (14), novamente em frente à Delegacia Regional.