Bruno Caetano foi morto com um golpe de canivete abaixo do peito esquerdo

A família e amigos do acadêmico de Ciências Contábeis Bruno Caetano de Oliveira, que foi assassinado na sexta-feira passada no seu local de trabalho, estão inconformados com a decisão da Justiça em colocar o acusado Gustavo Magalhães em liberdade depois da audiência de custódia ocorrida no domingo (3), no Fórum Henrique de La Rocque.

A irmã da vítima, Vanessa Caetano, disse que “nada vai trazer de volta o irmão dela. Mas nós queremos justiça, porque se ele (o suspeito) tivesse ficado preso, não só ele, como a família e os amigos, estariam mais ou menos conformados. Não basta a dor da perda, ainda há a dor da impunidade”.
A jovem completou dizendo que Bruno era uma pessoa bastante conhecida, gostava de sair para se divertir e não tinha inimizade declarada. Inconformados, os amigos e familiares de Bruno criaram a campanha #EuNãoAceito nas redes sociais.
Gustavo ficou preso na Unidade Prisional de Ressocialização por dois dias e foi solto depois de passar pela audiência de custódia. É que a Justiça entendeu que ele poderia responder pelo crime em liberdade por não ter antecedentes criminais e ter morada fixa.
O juiz José Ribamar Serra, que determinou a soltura de Gustavo, disse em entrevista à imprensa, nessa quarta-feira (6), que agiu dentro da lei. “Um juiz tem de agir conforme determina a lei, independente do que a opinião pública ache”, disse.
O magistrado afirmou ainda que “uma audiência de custódia nada mais é do que um evento em que a pessoa que foi presa em flagrante seja apresentada ao juiz para ele fazer uma análise dessa prisão em flagrante. Aí ele (o juiz) tem várias possibilidades. Ele pode, se achar que a prisão é ilegal, revogar a prisão. Se ele entender que a prisão, mesmo sendo legal, não há necessidade da permanência da pessoa na prisão e conceder uma liberdade provisória, ou ele pode converter essa prisão em flagrante em prisão preventiva”.