Delegados Praxisteles Martins e Jefrey de Paula Furtado estão na reta final das investigações
Antonio Messias está na antiga CCPJ cumprindo prisão temporária de 30 dias

A Força Tarefa da Polícia Civil criada para investigar e elucidar o assassinato do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Paiva Barbosa, ocorrida no dia 11 de novembro de 2018, fechou mais uma etapa das investigações.

Os delegados Praxisteles Martins e Jefrey de Paula Furtado estão agora na oitava etapa das investigações, que vão apontar o mandante do crime.

Agente financiador

Nesta etapa, os policiais chegaram ao empresário Antonio José Messias, 55 anos, o ‘Messias do Pneu Zero’, que foi preso em cumprimento a mandado de prisão temporária de 30 dias suspeito de ser o agente financiador da morte de Ivanildo Paiva. Antonio José Messias, além de financiar o crime, foi responsável pela arregimentação dos partícipes imediatos do crime. Ele foi atrás e contatou os executores do crime pessoalmente, trazendo-os para o grupo, para o cometimento da infração.
Segundo o delegado Praxisteles Martins, para chegar a Antonio José foram investigadas denúncias através de ligações telefônicas, mensagens via whatsapp e feitas diligências. “O retorno foi positivo, a princípio. Então, seguimos as outras informações que já tínhamos com a busca dos autores imediatos do crime. Nós ouvimos, reinquirimos essas pessoas, fizemos acareações e dessas diligências emergiu o nome de Antonio José Messias”, destacou o delegado.
O nome de Antonio Messias foi colocado definitivamente na cena do crime depois das investigações oriundas das denúncias com a análise do conteúdo de depoimentos recebidos.
Além da prisão temporária de 30 dias, foi decretada busca e apreensão em dois locais de propriedade do empresário e fazendeiro Antonio Messias. “Na busca, recolhemos informações importantíssimas para as investigações”, reiterou Praxisteles Martins.

Executores

De acordo com as investigações, a execução de Ivanildo Paiva custou R$ 200 mil.
Os executores foram os policiais militares Francisco de Assis Bezerra Soares, o ‘Tita’, e Willame Nascimento da Silva, cabo e sargento da PM, respectivamente. Eles usaram um revólver calibre 38 para matar Ivanildo Paiva.

Mandante

O delegado Praxisteles informou que tem ainda o mandante do crime, o mentor intelectual do crime, cujas investigações já estão em curso, também em função da análise feita em conteúdos de depoimentos tomados de pessoas que já estão presas suspeitas de envolvimento no crime. “Com mais essa etapa definida, a direção agora é no sentido de identificar e apresentar à sociedade o mentor, aquele que deu a ordem para a deflagração desse crime”, enfatizou.
Na questão da motivação do crime, o delegado Praxisteles Martins informou que virá com o mandante. “Motivo e o mandante andam de braços dados e, a partir do momento em que for revelada a identidade do mandante, todos vão conhecer a motivação do crime”, disse.
Com Antonio José Messias, agora já são sete as pessoas presas suspeitas de envolvimento no assassinato do prefeito Ivanildo Paiva. São elas: Francisco de Assis Bezerra Soares, o ‘Tita’, Willame Nascimento Silva, ambos policiais militares; Gean  Dearlen dos Santos Neres, José Denilton Feitosa Guimarães, o ‘Boca Rica’; Douglas da Silva Barbosa e Carlos Ramiro Lima Ramos, o ‘Leo’, preso na semana passada.
O delegado Praxisteles informou que, mesmo antes de terminar o prazo da prisão temporária de 30 dias de todos os suspeitos, a força tarefa vai representar pelo pedido de mais 30 dias e depois pela prisão preventiva de cinco dos sete envolvidos presos.