O ex-vereador Edson Arouche Júnior, o “Júnior do Mojó”, e o corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, acusados da morte do empresário Marggion Andrade, serão levados a júri popular, conforme decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) divulgada nessa sexta-feira (6).
A determinação negou recurso à defesa dos acusados, que alegou “ausência de indícios e provas da participação [dos dois] no homicídio”, e manteve decisão pelo júri popular já expedida pelo juízo da 2ª Vara de São José de Ribamar.
De acordo com o tribunal, o relator do processo, desembargador José Bernardo Rodrigues, recusou os argumentos, citando depoimentos dos executores e dos familiares da vítima, e afirmou que há sim “fortes indícios” do envolvimento dos dois. Ele também ressaltou a necessidade de o caso ser julgado pela sociedade.
“Deve a tese defensiva ser examinada, de forma detalhada e pormenorizada, pelo Tribunal do Júri, juízo constitucional competente para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida”, disse.
Os depoimentos revelam que, antes de morrer, a vítima mesmo já havia denunciado que vinha sofrendo ameaças de morte da dupla, que pretendia tomar o terreno de sua propriedade. Andrade também teria dito que havia sido seguido por veículos de propriedade dos acusados.
Também estão envolvidos no crime o caseiro Roubert dos Santos; o cunhado dele, o ex-presidiário Alex Nascimento de Sousa, assassino confesso do empresário; e um adolescente.
Às 17h17, o G1 entrou em contato por telefone com a assessoria da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) e foi informado que informações sobre a situação dos outros acusados do caso só serão respondidas a partir de segunda-feira (9) devido à proximidade do fim do expediente dessa sexta-feira.
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