Delegado Eduardo Galvão vem demonstrando toda sua preocupação com o caso

Estatísticas da Polícia Civil apontam o aumento de homicídios em Imperatriz praticados com arma branca. Somente este mês, cinco pessoas foram mortas por golpes de faca, facões ou outros objetos cortantes, que são determinados como arma branca.

Segundo a polícia, o aumento é preocupante por conta da facilidade em obter esse tipo de arma, já que se trata de um utensílio doméstico e que pode ser comprado em diversos lugares. Somente esta semana, duas tentativas de homicídio com arma branca foram registradas, além da morte de um adolescente que foi encontrado decapitado no riacho Cacau.
“Ferimentos por arma branca são produzidos quando a pessoa não tem a premeditação do crime. É um instrumento de ocasião, uma contenda e aquela pessoa utiliza determinado instrumento, sobretudo nas tentativas de homicídio quando há um desentendimento e ingestão de bebida. Agora o que nós temos visto muito recentemente aqui em Imperatriz, em algumas ações, são certas associações por ferimento de arma branca e de fogo”, conta Eduardo Galvão, delegado regional de Imperatriz.
A estatística da Polícia Civil ainda inclui os mortos no triplo homicídio registrado no bairro Vilinha, no último domingo (11). Nesse crime, os autores usaram armas brancas e de fogo. Em janeiro do ano passado, corpos de quatro vítimas por arma branca deram entrada no Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz. Já este ano o número aumentou para cinco. Em relação a crimes cometidos com armas de fogo, o número passou de cinco para 14 vítimas.
“Aqui em Imperatriz ainda predomina a arma de fogo como instrumento de homicídio, mas no interior, na região em que o IML dá cobertura, que são 36 municípios, a gente vê uma cultura do uso da arma branca, não sei porque eles já usam como instrumento de trabalho, ou têm mais acesso, ou não tem tanta fiscalização, não é uma contravenção em algumas regiões, então é mais utilizado”, explica Ana Paula Milhomem, diretora do Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz.
Apesar da dificuldade em realizar apreensões dessas armas, a polícia tenta combater os crimes realizando operações e apreendendo os instrumentos. Durante as abordagens, quem for flagrado portando qualquer objeto cortante que possa ser usado como arma é encaminhado à delegacia.