O empresário Francimar Gomes Moreira denunciou nessa terça-feira (10) ao Ministério Público Estadual que o seu filho Aurélio Loiola Gomes Moreira foi agredido na Delegacia do 4º DP.
O empresário revela que no dia 05 de abril, Quinta-Feira Santa, acompanhado da mãe e da avó, Aurélio viajou para o Ceará, de onde retornou às 04h da manhã do dia 09, chegando em Imperatriz às 17h do mesmo dia.
No dia 08, domingo último, ocorreu o assalto ao Posto Alvorada, que é de propriedade de um irmão de Francimar Moreira. “Por razões que desconheço, o Aurélio foi abordado na rua, às 19h do mesmo dia 19, e conduzido à Delegacia do 4º DP, onde foi humilhado e espancado, com forte tapa em cima da orelha”, afirma Francimar na denúncia ao Ministério Público.
A polícia também levou detido um rapaz de nome Zondonaide, que é filho de um primo da mãe de Aurélio. Mas a gerente do posto de combustível assaltado afirmou que ele não estava entre os que praticaram o assalto. Depois, os dois foram liberados.
Segundo Francimar, Zondonaide passou o final de semana em uma chácara, fora de Imperatriz, além de estar com o pé quebrado, tendo passado por cirurgia recentemente.
Francimar está revoltado com a agressão que ele garante ter sofrido o filho. “A maior prova da estupidez do ocorrido e da agressão gratuita foi que uma hora depois o Aurélio e o Zondonaide foram liberados. Ora, se não tinha elementos para mantê-los presos por sequer 24 horas, como tiveram para praticar agressões, senão a truculência gratuita de quem está acostumado a torturar e ficar impune!?”, declara Francimar na denúncia ao Ministério Público.
Ele informou que também vai denunciar o caso ao Ministério da Justiça e à governadora Roseana Sarney.
Ontem à tarde, Aurélio Moreira foi submetido a exame de corpo de delito no IML, por solicitação do Ministério Público. “Periciando apresenta hiperemia acometendo a região malar da face esquerda do rosto”, diz o laudo assinado pelo médico legista Jorge Anchieta.
Versão da polícia
Procurado pela reportagem de O PROGRESSO, o delegado regional Assis Ramos negou que tenha havido agressão a Aurélio Moreira. “Não houve nenhuma agressão. Na sala, onde eu estava interrogando o Aurélio, estavam os dois tios dele. O empresário Valdimar Moreira, proprietário do posto assaltado, e um outro que é advogado. E mesmo que os dois tios de Aurélio não estivessem no local, a minha maneira de agir não é essa”, disse Assis Ramos.
O delegado declarou que aconselhou o empresário Francimar Moreira a procurar o Ministério Público e a quem ele assim desejasse. “Eu mesmo disse para ele procurar o Ministério Público, a Justiça, quem assim ele desejasse”, disse.
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