Em depoimento à Polícia Civil, Ayrton Campos Pestana, suspeito de assassinar a tiros o publicitário Diogo Adriano Costa Campos, na Lagoa da Jansen, em São Luís, afirmou que teve as placas do carro usadas no crime clonadas. A versão foi contestada pelos investigadores do caso, que alegam que a informação dada pelo suspeito é falsa.
De acordo com o delegado Wang Chao Jen, após uma investigação no site do Departamento de Trânsito do Maranhão (Detran-MA), não foram encontradas multas relacionadas à placa do veículo. O delegado explica que geralmente carros clonados devem ter, no mínimo, alguma infração de trânsito.
“Isso é uma tese normal de defesa. Nós verificamos no site do Detran que o carro não tem nenhum tipo de multa. E infelizmente ou felizmente, ninguém clona um veículo para andar bonitinho na rua. Geralmente deveria ter no mínimo uma ou duas infrações de trânsito”, explicou o delegado.
O carro usado por Airton Campos Pestana está apreendido e deve passar por uma perícia para detectar vestígios de pólvora. O suspeito também deverá passar por perícia, para que a polícia possa confirmar a autoria do disparo. Ele continua preso preventivamente no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
“O cumprimento da prisão preventiva do Airton nós estamos fazendo as diligências complementares para substanciar a autoria desse delito, ou seja, nós estamos com testemunhas que farão o reconhecimento do Diogo no local do crime. Além disso, nós vamos fazer a perícia no veículo para ver se tem vestígios de pólvora que possa indicar que houve disparos dentro desse veículo Argo vermelho”, disse o delegado Wang Chao Jen.
Nos próximos dias, serão analisadas as câmeras de segurança dos prédios próximos ao local do crime novas testemunhas serão ouvidas para esclarecer o caso. As imagens mostraram que o tiro que matou o publicitário partiu dentro do carro após uma discussão em um condomínio na Lagoa da Jansen, na capital.
Crime na Lagoa da Jansen
O publicitário Diogo Adriano Costa Campos, de 41 anos, foi assassinado com um tiro no pescoço no início da tarde de terça-feira (16) após uma discussão de trânsito na Lagoa da Jansen, em São Luís.
Horas após o crime, a Polícia Civil identificou o carro usado pelo assassino do publicitário. À noite, Airton Campos Pestana se apresentou na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), acompanhado de um advogado, para prestar depoimento e foi preso preventivamente pela polícia.
Testemunhas contaram que a discussão começou na saída de um prédio, onde Diogo morava na região da Lagoa da Jansen. Em entrevista à Rádio Mirante AM, o delegado Wang Chao Jen disse que o homicídio aconteceu após uma longa discussão, que se iniciou em um condomínio na região.
Diogo Adriano Costa Campos tinha 41 anos e era sobrinho-neto do ex-presidente da República, José Sarney. Ele deixa uma filha.
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