Doze corpos que se encontravam no Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz foram sepultados na manhã dessa sexta-feira, todos como indigentes, ou seja, não foram identificados por não terem sido reclamados por familiares.
Segundo informações do diretor do IML, o médico legista Alair Batista Firmiano, a maioria dos corpos que são levados para o Instituto Médico Legal e que são sepultados como indigentes é de fora da cidade. Foram pessoas que faleceram no Hospital Municipal de Imperatriz, o Socorrão, para onde foram levadas com alguma lesão grave ocasionada por tiros ou facadas, como também vítimas de mortes naturais. Dos doze sepultados ontem, apenas quatro eram de Imperatriz.
O Dr. Alair informou que todos os corpos que são sepultados como indigentes pelo IML de Imperatriz são catalogados, com a cor, vestes (se houver), cemitério em que foi sepultado e o número da sepultura. “Isso serve para uma possível identificação caso haja a procura de parentes”, disse Dr. Alair.
Para ser sepultado como indigente, o corpo tem de ficar até 90 dias nas câmaras frias do IML. Após esse prazo, o alvará para sepultamento é solicitado à Justiça através da Vara de Família.
Entre as doze pessoas sepultadas como indigentes nessa sexta-feira está o corpo da mulher que foi encontrada no riacho Cacau em março. Presume-se que ela seja do Mato Grosso e teria vindo a Imperatriz como “mula” carregando cocaína. A suspeita é que ela tenha sido morta por traficantes.
No Maranhão, existem apenas três cidades com Instituto Médico Legal – São Luís, Imperatriz e Timon. O Instituto Médico Legal de Imperatriz atende à região tocantina, além de cidades do sul e central do estado, e até cidades de Tocantins e Pará.
Com os doze corpos sepultados ontem, já chega a 24 o número de pessoas sepultadas como indigentes em Imperatriz este ano.
Publicado em Polícia na Edição Nº 14706
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