No início da noite desse domingo (22), foi registrado um assassinato na Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI-II). A vítima foi o detento Vitor Lopes de Oliveira, 19 anos, preso por policiais do Grupamento de Operações Policiais (GOE) - uma das forças policiais de elite do 3º BPM - em companhia de mais dois indivíduos após realizar uma tentativa de roubo de uma motocicleta na ponte do Cacau, na avenida Luís de França Moreira. A ação resultou em lesões em uma mulher grávida.
O acusado do crime foi o detento Thiago Nava da Cruz, 23 anos, que responde por latrocínio (roubo seguido de morte) e outros crimes. Vitor Lopes foi assassinado com um chuço feito com um pedaço de cano de pvc, que foi enfiado no olho esquerdo da vítima, atingindo a cabeça. A causa da morte foi traumatismo craniano encefálico. Após matar Vitor, Thiago escreveu o sobrenome Nava com o sangue da vítima.
Thiago Nava da Cruz foi autuado em flagrante delito pelo delegado Gustavo Tavares Barbosa de Matos, autoridade policial de plantão quando da ocorrência, por homicídio qualificado por motivo fútil, nos termos do artigo 121, § II, inciso II, que prevê pena de 12 a 30 anos de reclusão em regime fechado.
Em nota, a Sejap diz que já colocou o interno à disposição da Polícia Civil e do Poder Judiciário e garante que o caso foi isolado, nada tendo a ver com os distúrbios provocados em São Luís por facções criminosas.
Leia a íntegra da nota da Sejap:
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap) afirma que já identificou e colocou à disposição da Polícia Civil, para abertura de inquérito, e do Poder Judiciário, o interno que matou o detento PAULO VITOR LOPES OLIVEIRA. O crime foi cometido, por volta das 16h30 deste domingo (22), na Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz II (UPRI II), segundo levantamentos da Supervisão de Segurança Interna (SSI) do sistema prisional, por THIAGO NAVA DA CRUZ. O mesmo feriu o companheiro de cela com um pequeno pedaço de ferro, minutos após o momento de visitas, motivo pelo qual também já foi aberta uma sindicância para apurar em que circunstâncias o autor tomou posse do objeto metálico. O Governo do Estado afirma que, assim como agiu nas raras ocorrências de crimes contra a vida no sistema prisional, nestes 17 meses de gestão, vai manter a posição de afastar e/ou demitir qualquer servidor efetivo ou temporário que tenha envolvimento confirmado em práticas delituosas no ambiente carcerário.
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