Delegados da Polícia Civil do Estado do Maranhão iniciam hoje uma paralisação de advertência de 48 horas. A paralisação será realizada hoje e amanhã.
A assembleia geral que definiu por unanimidade por uma nova paralisação dos delegados de Polícia Civil do Maranhão aconteceu na última sexta-feira (29), em São Luís, e logo foi acatada por todos os delegados, tanto da capital como do interior do estado.
Em nota direcionada à sociedade maranhense e assinada pelo presidente da Associação de Delegados de Polícia do Maranhão, Marconi Chaves Lima, a entidade explica que mais essa paralisação de advertência foi motivada pela recusa reiterada do Executivo em cumprir decisões judiciais, bem como devido à falta de condições mínimas de trabalho (material e humana), agravada pela indevida custódia de 1.800 presos de justiça em repartição policial, que impede a realização de investigações e capturas de criminosos, além do sucateamento da Polícia Civil do Maranhão.
Durante o período de paralisação, será garantida a apreciação e lavratura de flagrantes de delitos de pessoas que vierem a ser trazidos à presença do delegado de polícia plantonista, conforme legislação correlata, com especial atenção aos idosos, crianças e adolescentes, como também crimes praticados contra a dignidade sexual, crimes que envolvam violência doméstica amparada pela Lei Maria da Penha e crimes hediondos e correlatos (tráfico, terrorismo e tortura).
Os delegados já haviam feito uma paralisação de advertência no mês passado, que durou 48 horas. Após a realização dessa paralisação, será dado mais um prazo e, se persistir a omissão do estado, será deflagrada uma greve geral por tempo indeterminado.
Investigadores da Polícia Civil podem entrar em greve a qualquer momento. A informação é do Sindicato da Polícia Civil do Estado do Maranhão (SINPOL).
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