A assembleia geral que definiu por unanimidade por uma nova paralisação dos delegados de Polícia Civil do Maranhão aconteceu na última sexta-feira (29), em São Luís, e logo foi acatada por todos os delegados, tanto da capital como do interior do estado.
A paralisação será por 48 horas, nos dias 3 e 4 de setembro, na quarta e quinta-feira desta semana. Uma paralisação de advertência já aconteceu este mês e os delegados paralisaram suas atividades por 24 horas.
Em nota direcionada à sociedade maranhense e assinada pelo presidente da Associação de Delegados de Polícia do Maranhão, Marconi Chaves Lima, a entidade explica que mais essa paralisação de advertência foi motivada pela recusa reiterada do Executivo em cumprir decisões judiciais, bem como devido à falta de condições mínimas de trabalho (material e humana), agravada pela indevida custódia de 1.800 presos de justiça em repartição policial, que impede a realização de investigações e capturas de criminosos, além do sucateamento da Polícia Civil do Maranhão.
Durante o período de paralisação, será garantida a apreciação e lavratura de flagrantes de delitos de pessoas que vierem a ser trazidos à presença do delegado de polícia plantonista, conforme legislação correlata, com especial atenção aos idosos, crianças e adolescentes, como também crimes praticados contra a dignidade sexual, crimes que envolvam violência doméstica amparada pela Lei Maria da Penha e crimes hediondos e correlatos (tráfico, terrorismo e tortura).
Foi mantida a deliberação coletiva de que nenhum delegado de polícia responderá mais cumulativamente pelo expediente de Delegacia, além daquela para qual tem portaria de lotação, em razão do não envio de medida legislativa para criação de indenização por acúmulo devida e prometida, além do não pagamento de diárias desde o mês de abril do corrente ano.
Uma greve geral por tempo indeterminado não está descartada caso as reivindicações não sejam cumpridas.
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