O número de roubos e furtos de motocicletas aumentou muito em Imperatriz nos últimos meses, a ponto de que em um só dia oito casos foram registrados, como ocorreu na semana passada. E nessa semana mais de dez motos já tiveram inversão de posse por roubos e furtos em Imperatriz. Na verdade, várias também já foram recuperadas, mas dificilmente se equipara ao número roubado. E atualmente o que vem chamando a atenção é que motocicletas roubadas e furtadas em Imperatriz estão sendo apreendidas em cidades do Pará, como ocorreu na semana passada em Marabá, e ontem em Breu Branco, ambas localizadas na região sudeste paraense.
Diante desses fatos, a reportagem de O PROGRESSO conversou ontem com o Delegado Regional de Imperatriz, Ederson Martins Pereira, para saber e informar à população o que a Polícia Civil está fazendo para coibir essa prática criminosa.
O Delegado Ederson informou que no caso de todo veículo que é roubado ou furtado em Imperatriz, é aberto um procedimento e iniciada uma investigação. “No caso desses veículos encontrados no estado do Pará, pela proximidade, a gente não descarta que possa haver uma quadrilha roubando e receptando no estado do Pará, ou até mesmo aqui na cidade, repassando para aquele estado, ou até mesmo assaltantes de lá vindo aqui para roubar essas motos, levando as mesmas para aquela unidade federativa”, disse.
No que se refere à questão de motos roubadas e furtadas em Imperatriz, encontradas em Marabá e Breu Branco, o delegado Ederson informou que vai fazer contato com a Polícia Civil do Pará para saber com quem essas motocicletas estavam, se já foram ouvidas, se falaram de quem compraram e se a origem era realmente de Imperatriz. “Mediante essas informações passadas por nossos colegas do Pará, vamos elencá-las para que possamos saber se as motos foram roubadas por quadrilha do Pará ou se foram repassadas por pessoas de Imperatriz para o Pará”, disse Ederson Martins.
O Delegado Regional falou também da dificuldade que a polícia está tendo em divulgar as suas ações, em virtude da Lei do Abuso de Autoridade. “Realmente dificultou bastante, engessou o nosso trabalho, em especial em casos de pequenos roubos de celulares, de motocicletas entre outros. Antes você prendia um indivíduo, apresentava ele para a imprensa, que passava para a sociedade, vítimas apareciam e faziam o reconhecimento, facilitava o trabalho da polícia, bem como tirava de circulação os bandidos com mais tempo porque a gente conseguia imputar mais crimes às mesmas pessoas que foram presas por determinado delito. Atualmente não pode divulgar o nome, não pode divulgar a fotografia, essa pessoa só vai ser responsável por apenas um crime, vai para audiência de custódia, pode ser liberada e vai continuar delinquindo”, enfatizou.
No que se refere à ação da Polícia Civil em Imperatriz, o Delegado Ederson Martins criou o Grupo de Pronto Emprego (GPE), que em oito meses de criação fechou 2019 com 237 prisões. Esse ano, já foram cumpridos 13 mandados de prisão. “A divulgação, como a gente fazia antes, ficou prejudicada em função dessa limitação que a gente está tendo devido a Lei do Abuso de Autoridade”, reiterou.
No caso das constantes fugas da Funac do Três Poderes, o delegado disse que é um caso de segurança pública e não se pode vincular isso a um só determinado órgão. “Nós da Polícia Civil, também temos o compromisso legal, não só na tentativa de recapturar os fugitivos, como também investigar as causas dessas fugas. No caso da Funac de Imperatriz, está havendo uma investigação, mas não podemos adiantar nada para não atrapalhar ou até para evitar uma interpretação errônea”, disse.
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