Delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros

Vários homicídios ocorridos em Imperatriz ainda estão insolúveis, como é o caso do professor Iron Vasconcelos Pereira, que foi assassinado a tiros há um ano e meio e as investigações ainda não chegaram aos pistoleiros e ao mandante.

E o caso Iron Vasconcelos foi justamente o carro-chefe para a decisão do delegado geral da Polícia Civil, Augusto Barros, para anunciar a criação de uma força-tarefa para investigar e elucidar não só esse crime, como todos que estiverem insolúveis em Imperatriz e região.
Em entrevista a O PROGRESSO na última quarta-feira (27), Augusto Barros disse que casos não foram resolvidos por conta da falta de investimento em segurança pública no estado do Maranhão. “Não houve investimentos, tanto na área da tecnologia quanto, principalmente, na questão de número de policiais, que sempre foi abaixo do que realmente tem de ser. O governo atual já anunciou a convocação de mil policiais militares e quinhentos policiais civis”, disse Augusto Barros.
O secretário de Segurança, Jefferson Portela, que também esteve em Imperatriz na comitiva do governador Flávio Dino, reuniu as autoridades da segurança para falar sobre esses casos em Imperatriz e de outros em todo o estado e deu total apoio ao delegado geral Augusto Barros para a criação da força-tarefa.
O caso Iron Vasconcelos está sendo investigado pelo delegado regional Assis Ramos, que já informou que é um caso muito complexo e de difícil elucidação. Augusto Barros disse que, mesmo com a transferência de Assis Ramos para a Regional de Açailândia, ele pode continuar à frente das investigações. “Não tem nenhum empecilho”, disse.
Em 2014, foram assassinadas em Imperatriz 16 mulheres. Desses assassinatos, apenas quatro foram elucidados, mas apenas um dos acusados está preso. Os demais não têm nem suspeito.

Superintendências

Para acelerar as investigações de homicídios, tráfico de droga e corrupção, com policiais específicos, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão vai criar três Superintendências de Segurança, ainda neste semestre. O projeto para isso foi elaborado, e segundo o secretário de Segurança, Jefferson Portela, será apresentado na Assembleia Legislativa para apreciação dos deputados, no retorno das atividades daquela casa de leis. Serão criadas as Superintendências de Homicídios, Narcóticos e Anti-Corrupção de Agentes Públicos.