Os casos de denúncias de abusos e agressões contra mulheres têm aumentado em Imperatriz, conforme levantamentos feitos pela Delegacia Especial de Amparo à Mulher - DEAM, que tem como titular a delegada Silvyanni Tenório.

O PROGRESSO apurou que, em todo o ano passado, foram registrados 567 casos. Este ano, já foram abertos 355 inquéritos e realizadas 39 prisões.
Em Imperatriz, foi criada a Patrulha Maria da Penha, uma força especial do 3º BPM, que passou a integrar a rede de proteção e enfrentamento à violência contra a mulher. Depois disso, os números se tornaram mais expressivos, mas também revelam a preocupação dos órgãos de segurança em garantir a integridade física das vítimas de violência doméstica, com o cumprimento das medidas protetivas decretadas pela Justiça.
A tenente Josmara, que comanda a Patrulha Maria da Penha, informou que a sua equipe está acompanhando 37 inquéritos de vítimas de violência doméstica. “Chegaram 37 medidas protetivas emitidas pela Central de Inquéritos da Comarca de Imperatriz para a gente acompanhar as vítimas. Tem também casos de mulheres que tiveram medidas protetivas e que não foram renovadas, elas entram em contato com a nossa equipe e sempre nos fazemos presentes”, disse.
Nos últimos dias, aconteceram vários casos de violência contra a mulher, inclusive com duas tentativas de feminicídio. Este ano, até agora, foram registrados três feminicídios.
O delegado regional Eduardo Galvão ressalta que praticamente todos os agressores presos em Imperatriz permanecem encarcerados. “Hoje o descumprimento de medidas protetivas é crime. Você instaura o inquérito policial e para nossa surpresa, além de não caber fiança em delegacia, a maioria dos acusados está ficando na audiência de custódia”, disse.
Segundo o Delegado Galvão, os números do ano passado poderão ser superados em 2018.