A fuga registrada nessa segunda-feira (6) na Fundação Nacional da Criança e do Adolescente (Funac), unidade de Imperatriz, e a superlotação na unidade, que permanece com 30 internos, chamam a atenção para o crescimento do número de atos infracionais praticados por adolescentes em Imperatriz.
Hoje completa oito dias do mês de janeiro de 2014 e quatro armas de fogo já foram apreendidas com adolescentes. A Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), através do delegado Manoel Rodrigues Neto, já lavrou dez atos de infração e quatro revólveres foram apreendidos com adolescentes que tentaram ou praticaram assaltos à mão armada. O problema na Funac se agrava porque a Unidade de São Luís está interditada para o recebimento de novos adolescentes e os que cometem atos infracionais em toda a Região Tocantina estão sendo encaminhados para a Funac em Imperatriz.
“A maioria deles é reincidente. É um problema sério porque é preciso um espaço com estrutura adequada para que eles possam cumprir as medidas socioeducativas”, disse o delegado Rodrigues Neto.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Proteção à Criança e ao Adolescente, em 2000, o Ministério Público propôs ao Governo do Estado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a construção de uma Unidade em Imperatriz que atenda às necessidades de uma casa para o cumprimento de medidas dos adolescentes infratores. O juiz da Vara da Infância e Juventude, Delvan Tavares, informou que o terreno já foi disponibilizado, mas o projeto nunca saiu do papel, isso após 13 anos.