Já se encontra em Imperatriz a equipe da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), comandada pelo delegado Guilherme de Sousa Filho, que iniciou as investigações para elucidar os oito crimes que foram perpetrados em Imperatriz em praticamente uma única noite, fato ocorrido no dia 18 de novembro.
Esses crimes, atípicos em Imperatriz, chamaram a atenção da cúpula de segurança do estado, que aportou em Imperatriz no dia seguinte e prometeu total elucidação de todos eles.
Na tarde dessa quinta-feira (24), em entrevista a O PROGRESSO, o delegado Guilherme Sousa Filho, que já comandou a 10ª Delegacia Regional de Polícia Civil, com sede em Imperatriz, inicialmente disse que esses crimes são muito complexos. “São crimes complexos, porque todas essas vítimas eram pessoas que, de uma certa forma, tinham envolvimento com crimes ou contravenções. Então, ficou um leque muito extenso para que a gente possa encontrar a motivação”, declarou.
Segundo o delegado, foram realizadas perícias de local dos crimes, foram recolhidos os projéteis de armas de fogo usadas e os calibres estão sendo analisados e foram realizados exames cadavéricos. “Em função da juntada de todos esses documentos, portanto no que tange à materialidade delitiva, nós já temos aqui informações suficientes”, disse a autoridade policial.
O delegado Guilherme informou que está arrolando testemunhas caso a caso para que possa saber o que aconteceu. A partir daí, serão extraídos indícios de autoria e motivação desses homicídios, todos com características de execução.
Quanto à linha que está sendo seguida nas investigações, o delegado declarou que ainda é muito cedo para que uma específica seja seguida. “Ainda é muito prematuro informar qual a linha a seguir. Como eu disse, temos um leque de motivação muito grande e nós estamos checando caso a caso. Desde crime passional, crime motivado por envolvimento das vítimas no submundo do crime, tais como tráfico de drogas, roubo de carga, associação criminosa e acerto de contas”, disse.
Prazos
Guilherme Filho informou que como não há autor preso em flagrante, porque neste caso a polícia judiciária teria apenas dez dias para concluir os inquéritos e remeter à justiça, o prazo para elucidação dos crimes é de trinta dias.
“O prazo para enviar os inquéritos à justiça é de 30 dias, mas com certeza, vamos solicitar outros 30 dias, porque o tempo é escasso”.
O delegado declarou que ele e sua equipe estão recebendo todo o apoio da equipe da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP), núcleo de Imperatriz, que tem como titular o delegado Praxisteles Martins.
Nada a ver
O delegado Guilherme Sousa Filho disse que, até agora, não tem nada de concreto que relacione a tentativa de latrocínio contra o policial militar com a sequência de crimes que aconteceram na última sexta-feira em Imperatriz. “Informo à sociedade imperatrizense que nada tem a ver uma coisa com a outra”, finalizou.
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