Luís Alberto de Souza Borges foi autuado em flagrante

Um bebê de sete meses foi morto na zona rural de Balsas, na região sul do Estado. Segundo informações da polícia, o padrasto da criança disse que o bebê teria caído de um carrinho. Exames do Instituto Médico Legal (IML) indicam que a causa da morte pode ter sido espancamento.
O corpo foi levado para o Pronto Socorro Balsas Urgente pelo padrasto, Luís Alberto Souza Borges, de 20 anos, e a mãe, Marlene Sousa, de 18 anos. Segundo informações da polícia, o bebê tinha diversos hematomas pelo corpo, além de uma cicatriz recente em um dos braços onde, de acordo com a polícia, foi quebrado em dois lugares depois de uma queda e só recebeu atendimento médico oito dias após o ocorrido.
Em seu depoimento para o delegado regional, Luís Alberto nega que tenha qualquer participação na morte da criança. “O homem deixou para eu colocar a comida para as galinhas dele. Aí eu fui botar. Na estrada, o carrinho ‘abriu’ com ele, e ele caiu no chão. Eu voltei para casa, cheguei e falei para ela, que ficou com ele nos braços e eu corri atrás de um carro”, disse o suspeito.
O corpo de Vitor Daniel foi encaminhado ao IML de Imperatriz. O laudo médico indica fratura nas costelas e cabeça. O fígado estava esmagado. “Não houve acidente. O médico descarta essa possibilidade, ou queda de certa altura. Na realidade, essa criança foi morta muito provavelmente por chutes, por algum instrumento contundente. As lesões internas são inúmeras e que não correspondem de maneira nenhuma a lesões deixadas por um acidente, por queda”, afirmou o delegado Eduardo Galvão.
A polícia divulgou outros elementos da perícia que reforçam a suspeita de que o bebê foi espancado antes morrer. A criança teve o fígado esfacelado, provavelmente por uma pancada. Segundo o delegado que investiga o caso, há elementos suficientes para indiciar o padrasto por homicídio qualificado. A hipótese da participação da mãe foi descartada.