Belísio foi assassinado com dois tiros
Adolescente P. C. apreendido nega a autoria do crime
Muitas pessoas onde ocorreu o velório até o fim da tarde de ontem no Porto da Balsa

Foi trasladado no fim da tarde dessa terça-feira (3) para o município de Tucuruí, estado do Pará, distante 500 km de Imperatriz, o corpo do agente comunitário Belísio Ribeiro Costa, 34 anos. O corpo será sepultado na manhã de hoje no cemitério de Tucuruí, onde residem os seus familiares.
O velório em Imperatriz aconteceu na Rua Nova, 46-A, Porto da Balsa, onde compareceu muita gente, já que Belísio era pessoa muito querida pelo trabalho comunitário que fazia. Ele já havia trabalhado no Instituto Médico Legal (IML) e atualmente era funcionário da Funerária Angelus, cujos proprietários lhes prestaram homenagem e trasladaram o corpo para Tucuruí.
O agente comunitário Belísio Ribeiro foi assassinado por volta de 21 horas dessa segunda-feira (2) quando se encontrava sentado na porta da residência de um amigo, localizada na Rua Nova, no Porto da Balsa. Ele levou dois tiros, sendo um no pescoço, que o fatalizou, pois atingiu a veia jugular.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ainda tentou reanimá-lo, realizando todos os procedimentos na Unidade de Suporte Avançado (USA), mas não foi possível.
Acusado - No fim da tarde de ontem, policiais militares da Força Tática (FT) conseguiram apreender o acusado de ter praticado o crime. Trata-se do adolescente de iniciais P. C., de 16 anos, que era fugitivo da FUNAC. Ele tinha sido apreendido pela Polícia Militar no dia anterior e teve um auto de apreensão em flagrante lavrado e foi levado para a FUNAC. Como naquele órgão fica só quem quer, terça-feira, por volta de 7 horas, P. C. fugiu. À noite ele, já novamente armado, é acusado de ter assassinado Belísio. P. C. tem várias passagens pela Delegacia do Adolescente Infrator.
O crime teria como motivação vingança em função de que o menor achava que a vítima o dedurou e, por isso, foi apreendido com uma arma de fogo.
Nega - Em seu depoimento prestado perante o delegado Manoel Rodrigues Neto, titular da Delegacia do Adolescente Infrator, P. C. negou que tenha sido o autor dos disparos que mataram Belísio Ribeiro. Segundo P. C., ele estava no momento em que aconteceu o crime com o elemento que identificou pelo prenome de Daltron, também conhecido por “Foguinho”, maior de 20 anos, que teria sido o autor dos disparos contra Belísio.
O delegado Rodrigues Neto afirmou que vai pedir exame residual de pólvora nas mãos de P. C. para saber se ele está falando a verdade. Mesmo assim, ele deverá ser autuado por coautoria no crime, já que estava junto com “Foguinho”, como ele mesmo disse, em uma bicicleta.
P. C. voltou no início da noite de ontem para a FUNAC, já que está apreendido em flagrante por porte ilegal de arma e tinha fugido.
A Polícia Militar está atrás de “Foguinho” para que seja feita uma acareação entre os dois para saber quem está com a verdade.