A violência contra a mulher tocantina vem aumentando a cada dia com as várias ocorrências que estão sendo registradas na Delegacia Especial de Amparo a Mulher (DEAM), localizada no complexo policial da Sousa Lima, a 10ª Delegacia Regional de Imperatriz.
De dezembro de 2011 a janeiro de 2012, cinco mulheres foram assassinadas na região tocantina, sendo quatro em Imperatriz e uma em Senador La Rocque, que faz parte da regional de polícia da segunda maior cidade do Maranhão.
Em Imperatriz, o primeiro caso das quatro mulheres vítimas de assassinato foi o de Tátia Queiroz Araújo, fato ocorrido no dia 9 de dezembro do ano passado. Tátia Queiroz foi assassinada a tiros pelo ex-marido, Aníbal Silva Lima Neto, quando se encontrava em frente à Escola Fraternidade, localizada na Rua Coriolano Milhomem, bairro Bacuri, onde tinha ido deixar a filha. Tátia levou três tiros a queima-roupa e morreu instantaneamente. O operador de máquinas Aníbal Silva Lima Neto deu um tiro próximo ao ouvido direito, foi socorrido, sobreviveu e se encontra preso na Delegacia Regional.
O segundo caso, ocorrido no dia 24 de dezembro, teve como vítima a enfermeira Hozeane Santos Ribeiro, 30 anos. Ela levou um tiro no abdômen, que segundo o marido dela, André Pereira Costa, teria sido desferido por um assaltante. O fato aconteceu no Bacuri.
Para a Polícia Civil, trata-se de um crime ainda inexplicável por parte do marido, que está sendo investigado como suspeito de ser autor do tiro que matou a jovem Hozeane. Inclusive, o delegado Assis Ramos definiu por reconstituir o crime para que a polícia possa ter mais subsídios para a elucidação completa do assassinato. No dia da reconstituição, André Pereira Costa, que é o principal interessado para que tudo seja esclarecido, não compareceu. As investigações continuam.
No dia 19 de janeiro de 2012, Ismarly Pereira da Silva, de 39 anos, foi mais uma mulher imperatrizense vítima de violência. Ela foi brutalmente assassinada pelo próprio marido, Adão Fernandes dos Santos, de 29 anos, a golpes de faca.
O caso ocorreu no Entroncamento. Adão Fernandes tentou se matar cortando o pescoço com a mesma faca que usou para assassinar Ismarly. Entretanto, foi socorrido, levado para o Socorrão e já se encontra atrás das grades na Regional de Polícia Civil em Imperatriz.
A quarta vítima de violência contra a mulher em Imperatriz foi Maria Eliete Silva Gonçalves, de 22 anos, assassinada a facadas quando se encontrava em um bar, na Avenida Industrial, bairro Santa Rita. O crime aconteceu no dia 1º de fevereiro. A acusada de assassinar Maria Eliete é a esposa de um homem com quem a jovem bebia no bar quando foi morta e do qual ela seria a amante.
Neste caso, até agora nada foi investigado e a polícia, pelo menos até o último sábado (4), não sabia sequer o nome da autora do crime, que fugiu juntamente com o marido.
Senador La Rocque
Fechando os cinco homicídios em menos de 60 dias de que foram vítimas mulheres na região tocantina, foi registrado o assassinato de Patrícia Alves Assunção, que tinha 24 anos.
Essa jovem, que estava grávida, foi assassinada a facadas no dia 31 de dezembro do ano passado, na Rua São Francisco, Vila Santa Rita, em Senador La Rocque, distante 30 km de Imperatriz, que é circunscrita à Regional de Polícia Civil de Imperatriz.
Vale ressaltar que toda essa violência contra mulheres, levando-as a óbito - um número que pode até não ser alarmante, mas que preocupa -, teve como motivação o ciúme. Por isso, foram crimes passionais.
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