Em função da grande onda de assaltos que nos últimos dias tem assolado a cidade de Imperatriz, nessa quarta-feira (20) o chefe de Polícia Civil da cidade, delegado Eduardo Galvão, falou a O PROGRESSO sobre o assunto.
Eduardo Galvão disse que dos crimes contra o patrimônio – roubos e furtos – praticados em Imperatriz, o principal objeto a ser subtraído são os aparelhos de telefone móveis, ou seja, celulares. “A gente acredita que cerca de 80% dos roubos e furtos praticados em Imperatriz são de aparelhos celulares”, disse Galvão.
De acordo com o delegado, isso acontece porque os celulares se tornaram extremamente populares, principalmente os smartphones. Além disso, tem o valor agregado, tendo em vista que existem aparelhos que chegam a custar entre R$ 3 e 4 mil. “Independente da situação, quase todo mundo hoje utiliza um smartphone, é um objeto fácil até de esconder e você pode até não ter um real na carteira, mas tem um celular”, lembrou Eduardo Galvão.
A não exposição do aparelho é uma das maneiras de evitar o roubo de celular, porque não se tem dúvida de que é atualmente um objeto de desejo dos bandidos. O delegado Galvão falou também da necessidade do combate mais eficaz aos receptadores, principalmente aqueles de boca de fumo, onde celulares caros são trocados por três ou quatro cabeças de crack ou outras drogas. E tem também comerciantes que receptam esses aparelhos. O crime de receptação qualificada é previsto no Código Penal, através do artigo 180, e prevê pena de 3 a 8 anos.
O Delegado Galvão orientou que quando você por acaso tiver o seu celular roubado ou furtado, que acione a Polícia Militar, via 190, para que possam ser iniciadas buscas em relação aos autores. Em relação à Polícia Civil, a recomendação é que as vítimas procurem a delegacia do seu bairro ou a Regional e que levem a nota fiscal do aparelho para que sejam feitos os procedimentos legais. Caso não tenha a nota fiscal, a caixa do aparelho. A importância de que a nota fiscal ou a caixa do aparelho sejam levadas é porque o sistema adotado pela PC trata como coisa subtraída. Tudo aquilo que tem numeração, como celulares, armas de fogo e veículos, ficam em busca. Se esse aparelho for recuperado em uma boca de fumo, nas mãos de um meliante, ele automaticamente, ao ser lançado no procedimento de flagrante dele, é remitida a ocorrência da vítima. Aí, o aparelho pode ser restituído à vítima. Para quem não tem a nota fiscal e perdeu também a caixa do aparelho, mesmo assim tem condições de recuperar o aparelho digitando *#06# que vai aparecer o número de código do celular. Para ficar em busca, tem de ter marca, modelo e IMEI.
Comentários