Cicera Célia confessou a autoria dos disparos que mataram Pedro Ventura
Daniel Ribeiro Teotônio ajudou a ocultar o cadáver enterrando-o em cova rasa
Laércio Ribeiro Teotônio foi inocentado de qualquer envolvimento no crime

A equipe de policiais civis, sob o comando do delegado Carlos César Andrade, que foi até São Luís para ouvir os irmãos Cicera Célia Teotônio Ventura, Laércio Ribeiro Teotônio e Daniel Ribeiro Teotônio, retornaram na manhã de ontem. Os três estão presos na Penitenciária de Pedrinhas.

Os três irmãos foram ouvidos depois que o corpo do microempresário Pedro Brandão Ventura foi encontrado em uma cova rasa numa área de terra localizada no assentamento Saramandaia, no município de Buritirana, distante 80 km de Imperatriz, fato ocorrido no dia 15 de janeiro de 2016.
Segundo o delegado Carlos César Andrade, Cicera Célia confessou que matou Pedro Ventura com dois tiros de revólver calibre 38 na cabeça. Ela foi a única autora dos atos que culminaram com a morte do microempresário. Disse também que Daniel Ribeiro Teotônio a ajudou a ocultar o cadáver de Pedro Ventura. Depois que ela o matou, no interior da suíte da casa do casal localizada na Rua Minas Gerais, no Três Poderes, foi até a casa da mãe, localizada no Bonsucesso, onde encontrou Daniel, disse a ele que tinha feito uma besteira e contou o que tinha ocorrido. Daniel pegou o corpo de Pedro, enrolou numa lona preta, amarrou e o levou na caminhonete Amarok com Célia conduzindo. O filho do casal também foi junto para o local onde o corpo foi deixado.
Célia inocentou o outro irmão dela, Laércio Ribeiro Teotônio, de envolvimento no crime. Segundo o que ela informou em seu depoimento, Laércio não sabia de nada.
O delegado Carlos César Andrade disse a O PROGRESSO que o trabalho da polícia judiciária foi concluído satisfatoriamente. “Todos os elementos produzidos pela polícia judiciária, como depoimentos, laudos periciais do Instituto Médico Legal (IML) e Instituto de Criminalística (ICRIM), imagens gravadas, enfim todo o acervo, serão agora objetos de manuseio dos autores processuais”, disse o delegado Andrade.
O delegado informou que, diante do depoimento de Célia, o crime foi tipificado como passional. Célia afirmou que matou por desespero, já que, segundo ela, Pedro Ventura, quando chegou na casa, a ameaçou e chegou a perguntar se queria ficar sem ver o filho do casal definitivamente. Quando ele disse isso, segundo Célia, Pedro Ventura estava com a mesma arma que ela usou para matá-lo nas mãos. O revólver foi jogado no rio Tocantins. Ela teria entendido que Pedro a mataria. Quando ele deixou o revólver sobre uma geladeira que tem no quarto, ela pegou e efetuou os disparos que o mataram instantaneamente.