São Luís - Está marcado para o dia 30 de agosto o julgamento do comerciante Máximo Moura Lima, suspeito de ter participado da execução do delegado Stênio José Mendonça, no dia 25 de maio de 1997, na Avenida Litorânea, em São Luís. Apesar de ele continuar foragido, a sessão do Tribunal do Júri foi confirmada e, caso ele não seja encontrado para a citação até essa data, o julgamento será feito à revelia, ou seja, sem a presença do réu.
Contra Máximo Moura pesa a acusação de que seria a pessoa designada para o monitoramento dos passos do delegado Stênio Mendonça e repassar as informações para os organizadores do crime, além de ter sido o homem que forneceu um dos veículos utilizados na ação criminosa, realizada no dia 25 de maio de 1997, na Litorânea. Na época, ele também foi citado no depoimento de Jorge Meris de Almeida, motorista de carreta que denunciou o crime, como a pessoa que forneceu o automóvel.
Por causa da participação no caso Stênio Mendonça, Máximo Moura foi indiciado e teve prisão preventiva decretada. No entanto, ao ser preso, ele negou envolvimento no crime, ressaltando que poderia ser feita qualquer investigação em sua vida que nada seria encontrado que desabonasse a sua conduta.
Por força de um habeas corpus, Máximo Moura foi liberado e, desde essa época, desapareceu. Ele deveria ter sido julgado no dia 6 de março de 2002, no entanto não compareceu ao Fórum Desembargador Sarney Costa, pois não teria sido encontrado a tempo pelos oficiais de Justiça encarregados de sua intimação.
Entenda o caso - A morte de Stênio Mendonça aconteceu no calçadão na avenida Litorânea, quando a vítima se preparava para uma caminhada. Entre os envolvidos no caso estavam o empresário Joaquim Felipe de Sousa, o Joaquim Laurixto, que foi condenado e assassinado em 29 de outubro de 2008; José Humberto Gomes de Oliveira, o Bel (morto em uma chacina em Santa Inês); o ex-deputado José Gerardo de Abreu, que foi condenado; o ex-agente de polícia Jorge Silva Gabina; o delegado Luiz de Moura Silva, a também policial civil Ilce Gabina de Moura, mulher de Moura; e o empresário paulista William Sozza, que seria o chefe do Crime Organizado, também condenado.
Ismael Costa e Silva, o Roni, foi apontado como um dos matadores de Stênio e teria agido em companhia do cabo PM Cruz (que também estava na chacina do Bando Bel), e do pistoleiro José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio (espécie de filho adotivo de Joaquim Laurixto). O processo inclui, ainda, o homem conhecido como Ismael. Máximo Moura é o último dos indiciados a ser julgado, quando a maioria já deixou a prisão.
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