Por determinação da justiça, foram transferidos nessa terça-feira (12), para São Luís, os irmãos Cícera Célia Ribeiro Teotônio, Laércio Ribeiro Teotônio e Daniel Ribeiro Teotônio. Os três estão presos em função de prisão preventiva deferida por acusação de envolvimento no desaparecimento do microempresário Pedro Ventura, ex-marido de Cícera Célia. Pedro Ventura está desaparecido desde o dia 21 de agosto de 2015.
Os três irmãos foram levados para a Penitenciária de Pedrinhas, onde ficarão em blocos diferentes.
Em conversa com a reportagem de O PROGRESSO, o delegado regional Eduardo Galvão disse que a transferência dos irmãos Teotônio foi definida porque as investigações apontaram que Cícera Célia foi a articuladora da fuga dos irmãos Laércio e Daniel para Goiás, depois que foi descoberto o envolvimento dos dois no desaparecimento de Pedro Ventura. Os três também estavam tendo contato na Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI). Esse contato vinha atrapalhando o andamento do processo, tendo em vista que os três estavam combinando o que falariam nas audiências.
“A Célia, mesmo no cárcere, conseguiu coordenar toda essa fuga deles (irmãos) por algum tempo em Goiânia, na casa de amigos e familiares. Conseguimos demonstrar isso ao juiz que, ao verificar a situação, entendeu que era o momento de serem transferidos”, justificou o delegado, acrescentando que durante todo o tempo em que ficaram foragidos os irmãos estavam sendo monitorados.
O delegado disse que as investigações realizadas até agora não deixam dúvidas sobre a participação de Célia, Daniel, Laércio e Samara no desaparecimento do microempresário.
Eduardo Galvão falou, ainda, que a primeira linha de investigação aponta que Daniel e Laércio estão envolvidos na ocultação, mas há uma resistência muito grande do trio em falar sobre o crime. Para ele, essa situação mostra que os irmãos podem ter participado não só da ocultação de cadáver, mas do assassinato, e não confessam porque Célia não permite.
“A grande mentora do crime é Célia Teotônio. Pelo que tudo demonstra, todos os indícios apontam que ela não tinha como praticar aquele crime só. Teria como ter praticado o homicídio, mas precisaria de pessoas para a ocultação daquele cadáver e os dois irmãos estariam na ocultação, numa eventualidade na fraude processual que é inovar o fato”, disse Eduardo Galvão.
Os três irmãos ficarão em Pedrinhas até nova determinação da justiça. Familiares deles já informaram que vão pleitear perante a justiça o retorno para Imperatriz, tendo em vista que existe uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de que detentos têm de ficar em prisões próximas de familiares.
Comentários