Abreu E Smailly sentarão no banco dos réus

Enfim, os principais autores de um dos mais bárbaros crimes da história de Imperatriz, que foi o sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver do acadêmico Ivanildo Paiva Barbosa Júnior, sentarão no banco dos réus.
Smailly Araújo Carvalho da Silva e Antonio Ribeiro Abreu, depois que seus advogados usaram todos os recursos a que tinham direito, serão julgados na próxima terça-feira (24).
O sequestro de Ivanildo Júnior aconteceu no dia 13 de setembro de 2008 e o corpo foi encontrado somente no dia 21, portanto oito dias depois, em uma cova rasa num matagal às margens da Estrada do Arroz.
Os acusados do crime foram presos depois de comprovado, através de imagens da câmera de segurança de uma empresa de Imperatriz, que foram eles os autores do crime.
Ivanildo Júnior foi abordado por Smailly e Abreu na Avenida Getúlio Vargas, no Centro, quando estava se dirigindo para casa, localizada no bairro Vila Nova, depois de participar de um show no Parque de Exposições. Após essa abordagem, ele desapareceu e foi encontrado sepultado em uma cova rasa na Estrada do Arroz.
Smailly e Abreu foram indiciados por sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver. Os dois tiveram a prisão preventiva decretada pela juíza da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Suely de Oliveira Santos Feitosa. Por medida de segurança, os policiais foram levados para São Luís, onde se encontram em celas do Comando Geral da PM, mesmo já tendo sido excluídos da Polícia Militar, por ato da governadora Roseana Sarney. Os dois virão para Imperatriz na próxima terça-feira para serem julgados.
Desse crime, apenas o segurança Claudionor Ferreira dos Santos, o “Claudinho”, justamente o que teve um envolvimento menor, foi julgado e condenado a 16 anos de reclusão. “Claudinho” foi preso porque sabia do crime, até acompanhou o martírio da vítima, e não comunicou o fato à polícia. Ele, que era amigo do policial Smailly, foi acusado e julgado por coautoria.

Expectativa

O povo de Imperatriz vive a expectativa desse julgamento, porque foi um crime que teve muita repercussão no Maranhão e até em nível nacional, em função da crueldade como foi perpetrado.
Por conta dessa expectativa, a Polícia Militar vai montar um grande esquema de segurança, desde a chegada dos ex-policiais na cidade até o Fórum Henrique de La Rocque Almeida.
No auditório do Fórum, serão disponibilizadas vagas para os familiares da vítima. Antes do julgamento, serão distribuídas senhas, em função da lotação do auditório.
O Tribunal do Júri será presidido pela juíza Suely de Oliveira Gomes Feitosa, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz. A acusação estará a cargo do Promotor de Justiça Joaquim Júnior. O advogado de defesa é Eduardo Faustino Lima Sá.
Como parte da pauta de julgamentos da 2ª Reunião do Tribunal do Júri, da 2ª Vara Criminal de Imperatriz, já foram julgados José Wilton de Sousa Nunes, bombeiro militar, a 6 anos de reclusão. Entretanto, ele vai responder em liberdade. Depois foi a vez do motorista de caminhão Francisco Ferreira da Silva Neto, condenado a 4 anos e 8 meses de reclusão. Hoje serão julgados: Raimundo Pereira da Silva e Luís Carlos Freitas dos Santos, acusados de tentativa de homicídio, cujas vítimas são Cleisson Saraiva de Almeida e Ramon Rodrigues da Silva Ribeiro.