Um dos mais bárbaros crimes da história de Imperatriz, que foi o sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver do acadêmico Ivanildo Paiva Barbosa Júnior, chega a quatro anos sem que os principais autores do crime tenham sido julgados.
O sequestro de Ivanildo Júnior aconteceu no dia 13 de setembro de 2008 e o corpo foi encontrado somente no dia 21, portanto oito dias depois, em uma cova rasa num matagal às margens da Estrada do Arroz.
Os acusados do crime, os policiais Smailly Araújo e Antonio Abreu, foram presos depois de comprovado, através de imagens da câmera de segurança de uma empresa de Imperatriz, que eles foram os autores do crime.
Ivanildo Júnior foi abordado por Smailly e Atonio Abreu na Avenida Getúlio Vargas, no Centro, quando estava se dirigindo para casa, localizada no bairro Vila Nova, depois de participar de um show no Parque de Exposições. Depois dessa abordagem, ele desapareceu e foi encontrado sepultado em uma cova rasa na Estrada do Arroz.
Smailly e Abreu foram indiciados por sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver. Os dois tiveram a prisão preventiva decretada pela juíza da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Suely de Oliveira Feitosa. Por medida de segurança, os policiais foram levados para São Luís, onde se encontram presos em celas do Comando Geral da PM, mesmo já tendo sido excluídos da Polícia Militar, por ato da governadora Roseana Sarney.
Desse crime, apenas o segurança Claudionor Ferreira dos Santos, o “Claudinho”, justamente o que teve um envolvimento menor, foi julgado e condenado a 16 anos de reclusão. “Claudinho” foi preso porque sabia do crime, até acompanhou o martírio da vítima, e não comunicou o fato à polícia. Ele, que era amigo do policial Smailly, foi acusado e julgado por coautoria.
Segundo o que O PROGRESSO apurou, os policiais Smailly e Abreu perderam todos os recursos impetrados por seus advogados em todas as instâncias e até tiveram sentença transitada em julgado. Não existe mais defesa no sentido de livrar os dois acusados de ser julgados por um júri popular. Mas, até o momento, não há uma resposta para o porquê de os dois policiais, depois de quatro anos do crime, ainda não terem sentado no banco dos réus.
Publicado em Polícia na Edição Nº 14195
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