A Polícia avança nas investigações sobre o caso do adolescente espancado dentro da Fundação da Criança e do Adolescente (FUNAC), do Três Poderes, em Imperatriz. Quinta-feira (9), foram ouvidos pela Promotoria da Infância e da Juventude, os seis adolescentes suspeitos de envolvimento no espancamento.
O Ministério Público quer saber se a versão dos adolescentes que participaram da agressão é a mesma da Funac, que diz que o interno foi agredido após ameaçar outro sócio-educando. O jovem agredido, que ainda se encontra no Socorrão em estado grave, embora o quadro esteja estável, conforme informações daquele nosocônio, responde por crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
Após ouvir os suspeitos, medidas serão tomadas pelo Ministério Público. O depoimento dos adolescentes e de testemunhas deve ajudar a apurar as circunstâncias do ocorrido. “Foi um incidente que foi provocado por rixa, entre os próprios sócio-educandos”, afirmou o promotor da Infância e Juventude, Aleilton Júnior.
O adulto de 19 anos, que participou do espancamento, foi transferido para a Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), por determinação da justiça. Ele será investigado por crime de tentativa de homicídio. Já os outros cinco adolescentes devem ser representados pelo Ministério Público por ato infracional correspondente a tentativa de homicídio.
A briga que resultou no adolescente gravemente ferido aconteceu na última terça-feira (7), dentro da unidade de internação socioeducativa.
Desde agosto do ano passado que a Funac do Três Poderes passou a ser de internação definitiva. Atualmente 30 adolescentes estão cumprindo medidas socioeducativas na unidade de detenção. O Promotor Aleilton Júnior informou que unidade prisional está operando dentro de sua capacidade.
Desde que passou a receber internações definitivas, brigas e tentativas de fugas passaram a ser constantes na Funac/Três Poderes. Só no ano passado, foram registradas mais de 10 tentativas da fuga. A maior delas em junho, ocasião que 19 adolescentes conseguiram escapar. Desses, 12 foram recapturados e sete ainda se encontram foragidos.
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