Encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), o Socorrão, em coma induzido, Elielda Miranda de Almeida, 33 anos, que depois de discutir com o marido, o caminhoneiro Doalcei da Silva de Menezes Camargo, 36 anos, teve 70% do corpo queimado.
Segundo informações, tudo aconteceu em meio a uma discussão entre o casal na casa onde reside, localizada na Rua São Francisco 703, bairro Vila Nova.
Antes de ser levada pela ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Elielda Miranda conversou com o irmão e acusou Doalcei de ter jogado álcool nela e ateado fogo.
“Eu perguntei o que aconteceu e ela disse que foi o Camargo”, afirmou Mardem Miranda, irmão de Elielda.
De acordo com os parentes dela, Elielda mantém um relacionamento com o caminhoneiro há mais de um ano, e muito conturbado, pois brigam com frequência. Doalcei também tem sinais de queimadura nas mãos e nos braços.
Na casa onde tudo aconteceu, a polícia recolheu um vidro de álcool, um tapete queimado e um isqueiro que podem servir de provas para esclarecer se houve tentativa de homicídio por parte de Doalcei Camargo.
A irmã de Camargo tem outra versão para a história. Ela contou que recebeu um telefonema logo após a discussão do casal e o caminhoneiro disse que Elielda queria queimá-lo, mas acabou sendo atingida pelo fogo. “Eles brigaram e o Camargo arrumou as malas para ir embora, mas ela não deixava e pegou o álcool para derramar nele. Ela acendeu o isqueiro e, como o álcool havia derramado no corpo dela, foi logo queimada”.
Doalcei Camargo foi preso e conduzido ao Plantão Central da 10ª Delegacia Regional de Imperatriz, onde foi ouvido e liberado. Segundo o delegado regional Assis Ramos, não teve como reunir elementos para mantê-lo preso.
“Não tinham elementos necessários que pudessem incriminar o acusado. Por isso, ele foi ouvido e liberado. As investigações vão continuar através de inquérito que foi aberto. Caso seja descoberto algo que o incrimine, será representado pelo pedido de prisão preventiva contra ele”, disse Assis Ramos.
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