A 1ª Vara Criminal de Imperatriz vai realizar no próximo dia 9 uma sessão do Tribunal do Júri. No banco dos réus, o cabo da Polícia Militar, Paulo Sena Aleixo, conhecido por “Cabo Aleixo”, militar do Pará, acusado de matar a tiros Osmar Luna Peixoto, em setembro de 2007. Osmar Luna era, na época, secretário de Administração de São Pedro da Água Branca, termo judiciário de Imperatriz. A sessão será presidida pelo juiz Flávio Roberto Soares, titular da 3ª Vara Criminal.
Consta no inquérito que Osmar Luna Peixoto foi assassinado com quatro tiros, por volta de 20h de 10 de setembro de 2007, quando colocava o carro na garagem de sua casa, localizada na Rua Iracema, bairro Nova Imperatriz. Testemunhas afirmaram que dois homens chegaram em um carro modelo Uno e estacionaram o veículo próximo à casa onde o secretário estava. Osmar Luma, mais conhecido como “Osmar Paixão”, foi surpreendido quando apareceu na porta, sendo alvejado na cabeça e no pescoço. Os assassinos fugiram em seguida.
Osmar Luna Peixoto atuava no ramo de materiais de construção e era casado com a vereadora Noemi Antunes, na época presidente da Câmara Municipal de São Pedro da Água Branca. O acusado de ter praticado o crime já havia sido levado a julgamento por este processo em 17/10/2012, tendo sido absolvido. Houve recurso do Ministério Público. No TJMA, em razão de a mídia com os depoimentos da sessão de julgamento encontrar-se imprestável, bem como assim o seu backup, foi anulado o julgamento, determinando a realização de outro.
Conforme foi apurado, Osmar Peixoto havia rompido politicamente com o grupo do prefeito Ildézio Gonçalves, conhecido como Juca, por não mais concordar com a sua administração. Na véspera do fato, a vítima ofereceu um almoço em sua residência, na cidade de São Pedro da Água Branca, aos seus correligionários políticos, ocasião em que anunciou o rompimento político partidário com o prefeito e sua adesão ao grupo político de oposição.
Consta também nos autos que o “Cabo Aleixo” teria realizado o crime a mando do prefeito Juca e da primeira-dama, Edilane Pereira do Nascimento, sob agenciamento de Edimar Ferreira de Sousa, então vereador no referido município. No dia do crime, a vítima dirigiu-se até a cidade de Imperatriz, onde pernoitou e, no dia seguinte, foi até a cidade de Augustinópolis, no Tocantins, retornando a Imperatriz no início da noite, onde ficou hospedado na casa de Vanúbia Pereira, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. Ao sair da casa para colocar seu veículo na garagem, a vítima foi alvejada com dois disparos de arma de fogo.
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