Uma confusão generalizada na noite de sábado passado (21), no abrigo onde se encontram cerca de 70 índios venezuelanos, na sede da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em Imperatriz, acabou com dois esfaqueados.
Esta foi a terceira confusão entre os indígenas, que chegaram à FUNAI fugindo da crise na Venezuela, há cerca de dois meses. De acordo com o coordenador da Fundação Nacional do Índio, Guaraci Mendes, a Polícia Militar teve de ser acionada para conter os ânimos dos indígenas, que estavam consumindo bebidas alcoólicas. Um policial militar que está tirando guarda na sede da Funai em Imperatriz, disse à reportagem de O PROGRESSO que nos fins de semana muita cachaça rola no local, e por isso os desentendimentos.
Os índios estão abrigados em condições precárias em um galpão na sede da FUNAI, que fica localizado na Rua Simplício Moreira, Centro. São 70 pessoas, entre adultos e crianças, que dividem o espaço no galpão.
De acordo com a assistente social Lucidalva Santos, que acompanha os índios, o local é impróprio para moradia. Por causa da falta de estrutura no local, a justiça determinou um prazo de 20 dias para que a União, Governo do Estado e Prefeitura disponibilizem um local para abrigar os índios venezuelanos. O pedido de liminar na justiça foi da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Imperatriz.
Conforme a decisão do juiz Cláudio César Caval Cavalcante, da 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Imperatriz, caso a situação não seja resolvida dentro do prazo, a pena é multa R$ 5 mil por dia.
O Coordenador da Fudação Nacional do Índio (FUNAI) em Imperatriz vai pedir a reintegração do prédio na justiça.
Os nomes dos índios feridos, que foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levados para o Socorrão Municipal, não foram revelados. Os índios não correm risco de morte.
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