Manifestação realizada no final da tarde de ontem

Acadêmicos, professores, técnicos do setor administrativo e movimentos sociais realizaram, na tarde de quinta-feira, um ato público na frente da Universidade Federal do Maranhão, no campus do Centro. A manifestação questionou o corte de R$ 9 bilhões no orçamento do Ministério da Educação, o que acabou atingindo o ensino em todos os níveis.
Os professores iniciaram a paralisação em Imperatriz há cerca de 30 dias e logo tiveram a luta reforçada pelos estudantes e por técnicos, além de receberem apoio de vários movimentos sociais. “Uma experiência desde o início da greve, o objetivo é envolver a comunidade geral a ouvir e apoiar nosso movimento, se envolver nos interesses que são da região”, disse o professor do curso de Ciências Humanas, Salvador Tavares.
Antes de levarem o movimento para a frente da universidade, os manifestantes se reuniram no auditório da universidade com representantes do movimento Unidade Classista e do MST, onde falaram sobre desenvolvimento sustentável, disputa pela terra, avanço da monocultura do eucalipto e outros assuntos.
Para Félix Silva, líder de um movimento na região do Grande Santa Rita, “as classes trabalhadoras do campo e da cidade têm que se manifestar no sentido de fazer valer seus direitos, e um dos caminhos é se unir às universidades. A UFMA, a partir dessa greve, tem se transformado na casa do povo de Imperatriz e da região, isso é bom para todas as causas aqui discutidas”. (Hemerson Pinto)