Maykon Alan e Luan Cantiero, presos quinta e sexta-feira, respectivamente, vinham praticando assaltos na cidade

A formação de bandos e o aumento de assaltos na segunda maior cidade do Maranhão estão fugindo do controle da polícia, tanto Militar, que tem a obrigação do policiamento ostensivo, como Civil, cuja obrigação são as investigações.

Para se ter uma ideia de como está a situação em Imperatriz, cuja população vem sofrendo com os assaltos que vêm assolando a cidade, só na manhã desse sábado (24) foram registrados nove assaltos.
Entre 5h30 e 7h, foram registradas nove ocorrências de roubo à pessoa. A Polícia Militar acredita que todos os assaltos foram praticados por dois homens que há pelo menos duas semanas vêm cometendo roubos e furtos em vários bairros da cidade, inclusive no centro.
Os assaltantes estão tendo preferência por aparelhos de telefones celulares, aqueles com aplicativo WhatsApp, além de outros aparelhos de telefonia e computadores. Bolsas, principalmente de mulheres, onde se encontram normalmente celulares, cartões de crédito, dinheiro e documentos pessoais, estão entre as preferências.
Ainda de acordo com informações da PM, as características das ações são sempre as mesmas: a dupla utiliza um carro ou uma moto e aborda as vítimas, na maioria das vezes mulheres que estão a caminho do trabalho. Em função disso, os assaltos ocorrem entre 5h30 e 7 horas, como aconteceu nesse sábado e durante a semana.
Vale ressaltar que a polícia, tanto Militar como Civil, já efetuou prisões de vários assaltantes do ano passado para cá, mas a maioria já está nas ruas novamente. Os dois mais recentes presos foram Maykon Alan Lima Morais, que usava a mulher e a filha de 2 anos para despistar a polícia durante os assaltos, e Luan Santos Cantiero. Ambos já com passagens pela polícia e ninguém garante que eles ficarão mais de uma semana presos. Voltando às ruas, novamente vão ‘trabalhar’.
Vale ressaltar, também, que muitos dos assaltos em Imperatriz estão sendo praticados por menores, o que dificulta a ação policial, já que esses elementos são protegidos pela lei. A maioria é entregue aos pais ou responsáveis, que não têm controle sobre eles, e no outro dia já estão novamente delinquindo. Os que vão para a Funac só ficam se quiserem, pois a possibilidade de fuga é grande.
Taxista assaltado - Na noite de sexta-feira (23), mais um taxista foi vítima de assalto em Imperatriz. Segundo o profissional do volante, que não quis se identificar, ele foi abordado por um elemento na Rua Quintino Bocaiuva, no Bonsucesso, quando já estava retornando para casa depois de um dia cansativo de trabalho. O elemento queria uma corrida e ele disse que já tinha encerrado. Naquele momento, chegaram outros dois elementos, armados com uma pistola e um revólver, que o intimidaram e entraram no táxi e mandaram o taxista tocar em frente. Mais adiante, coloraram o taxista no banco de trás e um dos bandidos assumiu a direção do carro.
Os três bandidos estavam procurando uma casa para assaltar. Sempre seguiam pessoas conduzindo veículos de alto custo para ver se estavam indo para casa para assaltá-las quando estivessem entrando em casa. Como não encontraram pessoas nessas condições, assaltaram um casal que estava em um Renault Civic, modelo novo. Depois de rodarem por mais de duas horas, resolveram abandonar o veículo e deixaram o taxista dentro do bagageiro aberto e fugiram depois de roubar todo o dinheiro do profissional do volante. Ainda bem que o deixaram vivo para contar a história.
Quando o taxista chegou na Delegacia Regional de Polícia Civil para registrar a ocorrência, o casal que havia sido assaltado já se encontrava lá.