Armas poderosas e até uma balaclava encontradas na CCPJ que fazem parte do acervo do diretor Firmino

As revistas em celas da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), que atualmente comporta pouco mais de 170 detentos, são feitas quase que periodicamente.
O diretor do presídio, Francisco Firmino de Brito, guarda em seu gabinete várias armas, chamadas chuços, feitas com pedaços de ventiladores e até com barras de ferro serradas, que é uma amostra do que é recolhido em celas da CCPJ todas as vezes que são feitas revistas. Segundo Firmino, até comprimidos de Viagra, um estimulante sexual, são encontrados nas celas da CCPJ.
“Por mais que tenhamos cuidado com revista minuciosa em tudo que entra na CCPJ em dias de visitas, não tem jeito, sempre alguma coisa entra na prisão”, disse Firmino.
Firmino explicou à reportagem de O PROGRESSO que uma arma feita com barra de ferro normalmente é confeccionada por um detento novato. Aqueles mais antigos entregam um pedaço de serra ao detento novato e estipulam um prazo para que ele faça uma arma ou até mais, serrando a barra de ferro que, conforme a espessura, podem ser confeccionadas até três chuços. E o detento novado escolhido para a missão não pode dizer nada, pois existe o código de honra dentro da cadeia, que exime a delação. Ninguém fala nada.
Ontem, quando a reportagem de O PROGRESSO esteve na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) para falar com o diretor Francisco Firmino, estavam acontecendo visitas. Tudo que foi levado pelos parentes dos detentos estava sendo revistado para que objetos estranhos ao local não entrassem. Além de serras e objetos para confeccionar chuços, entram também no presídio celulares, drogas e outros objetos, como já foi constatado várias vezes.