Agentes penitenciários descobriram, no início da noite dessa sexta-feira (24), um túnel que havia sido escavado na cela 12 da Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), antiga Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), também chamado de “fundão”.
Segundo o diretor da Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), Francisco Firmino, ele foi fazer uma vistoria, como acontece todos os dias pela manhã e à tarde. Ao passar pela cela 12, segundo Firmino, ele estranhou que praticamente todos os presos estavam dormindo no local chamado de “praia”, que é o meio das celas. Normalmente, presos brigam pelo local que eles chamam de “jega”, que são os cantos das camas, para dormir.
Junto aos agentes penitenciários armados e monitores, Francisco Firmino entrou na cela 12 e qual não foi a surpresa ao constatar que os detentos não estavam dormindo nas “jegas”, porque elas estavam cheias de sacos de terra do túnel que eles estavam escavando.
O túnel, que já tinha cerca de 5 metros, estava sendo escavado pelo “boi”, ou seja, vaso sanitário.
Imediatamente todos os detentos foram retirados da cela 12 e distribuídos em outras celas do complexo, até que o local seja periciado e consertado.
Firmino informou que uma movimentação de fuga já tinha sido observada no domingo passado e, a partir daí, os agentes penitenciários e monitores do complexo ficaram em total alerta.
Fugas de presos na antiga CCPJ não acontecem há algum tempo. As últimas ocorreram em 2012, quando detentos fugiram usando uma corda tipo rapel, conhecida por “teresa”, feita através de lençóis.
Atualmente, a Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz está com uma população carcerária de 345 detentos. Com o anexo que foi feito, o número de detentos sem superlotação na UPRI é de 280. Portanto, atualmente tem 65 presos acima do número normal.
Sobre esse caso, a Secretaria de Justiça e da Administração Penitenciária (SEJAP) emitiu uma nota no início da tarde desse sábado.
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