A audiência, que culminou com a condenação dos dois adolescentes, aconteceu nesta segunda-feira (29), no anexo do Fórum Henrique de La Rocque, localizado na Rua Frei Manoel Procópio, no centro, onde funciona a Vara da Infância e Juventude da Comarca de Imperatriz.
Na audiência, se encontravam, além do juiz titular da Vara da Infância e da Juventude, Delvan Tavares de Oliveira, o promotor da mesma Vara, Alenilton Santos Júnior, o defensor público Fábio Nogueira, familiares da vítima e dos acusados.
Após os procedimentos de praxe, e tudo em conformidade com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), o juiz Delvan Tavares de Oliveira prolatou a sentença dos dois acusados.
O adolescente de iniciais W.P.C., de 17 anos, acusado de ter sido o que apertou o gatilho do revólver calibre 32, cujos projéteis mataram a promotora de vendas Maria Edilene Ferreira de Castro, foi condenado a três anos por ato infracional latrocínio (roubo seguido de morte), enquanto que o de iniciais C.R.S., também de 17 anos, acusado de ter escondido a motocicleta roubada da vítima, foi condenado a 1 ano e 8 meses, por ato infracional de receptação qualificada.
Os dois adolescentes cumprirão as medidas sócios educativas na unidade da Funac da Maiobinha, em São Luís.
Uma irmã de Edilene, que participou da audiência, disse que mesmo com o teor brando da lei, se sentiu aliviada, pois não ficou com o sentimento de impunidade. “Espero que quando eles saírem da Funac, não façam mais o que fizeram, pois eles desarticularam uma família. Minha irmã era uma pessoa de bem e não merecia o que fizeram com ela”, disse.
O caso
A promotora de vendas Maria Edilene Ferreira de Castro, 35 anos, que era moradora da Rua Sousa Lima, Nova Imperatriz, foi interceptada por W.P.C., quando trafegava pela rua Simplício Moreira, no centro, se deslocando para o trabalho, por volta de 7h55, do dia 2 de junho de 2015.
Ao esboçar uma reação, jogando a bolsa no assaltante, ele acionou o gatilho do revólver calibre 38 e baleou mortalmente a jovem promotora de vendas, que morreu no local. Ele roubou a motocicleta, que depois foi encontrada com C.R.S., que também foi preso.
O terceiro envolvido, Alexandre Carneiro Bandeira, 19, que escondeu o revólver calibre 32, usado no crime, chegou a ser preso, mas foi colocado em liberdade, tendo em vista que foi autuado apenas por porte ilegal de arma de fogo.
No fim das contas, quem já está “presa” para sempre é Maria Edilene, porque os dois adolescentes vão cumprir as medidas sócios educativas e ainda sairão jovens e terão toda a vida pela frente.
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