Os dois elementos acusados de autoria do latrocínio (roubo seguido de morte) de que foi vítima o empresário do ramo de floricultura Bento de Sousa Pereira, fato ocorrido em março de 2017, foram submetidos a audiência de instrução nessa quarta-feira (4).
Gleison Martins Barbosa, vulgo ‘Cara de Peixe’, 19 anos, e Ismael Vilhena, 20 anos, confessaram o crime. Ismael Vilhena foi reconhecido pela esposa da vítima como sendo o bandido que abordou o empresário, roubou o celular e o cordão e atirou. Mas outras testemunhas apontaram Gleison Martins Barbosa, o ‘Cara de Peixe’, como sendo o comparsa de Ismael e que pilotava a motocicleta, que ficou parada próximo à entrada que dá acesso ao Aeroporto Prefeito Renato Moreira.
Os dois acusados têm uma vasta ficha policial, com assaltos, homicídios e tentativa de homicídio. Ismael Vilhena já puxou cadeia por homicídio, enquanto Gleison Martins, o ‘Cara de Peixe’, cumpria pena em regime semiaberto por tentativa de homicídio. Ele está sendo investigado também por suspeita de outro homicídio, o de um adolescente, que foi assassinado próximo ao estádio Frei Epifânio.
Israel Vilhena e Gleison Martins foram ouvidos em audiência de instrução e julgamento, pelo juiz Weliton de Sousa Carvalho, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz. O procedimento a seguir são as alegações finais do Ministério Público, que tem o dever de acusar, e da defesa dos acusados. Logo depois da tramitação normal, acontecerá o julgamento através do juízo singular, por ser crime de latrocínio.
No caso do roubo com morte, há uma punição proporcionalmente mais grave em razão de um crime que clama por uma maior periculosidade do sujeito, que ceifa a vida da vítima em virtude de uma subtração patrimonial. O enquadramento desse crime está no Art. 157, § 3º - Se da violência, resulta morte (latrocínio), a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo da multa.
Publicado em Polícia na Edição Nº 15980
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