Policiais civis da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) em Imperatriz, que tem o comando do delegado Praxísteles Martins, recambiaram para Imperatriz os dois acusados do crime de latrocínio (roubo seguido de morte) de que foi vítima o policial militar Wanderson da Silva Monteiro, que tinha 27 anos, fato ocorrido no dia 23 de setembro.
O policial foi morto quando se encontrava em uma loja de venda de celulares, ao tentar evitar um assalto no estabelecimento, localizado na Rua Paraíba, bairro Juçara.
Emerson Santos de Sousa, 25 anos, e um adolescente de 17 anos desembarcaram em Imperatriz no início da tarde de ontem. Os policiais foram a Marabá no helicóptero do Centro Técnico Aéreo (CTA) e o desembarque foi no heliporto do 3° Batalhão de Polícia Militar.
Confessaram o crime
O delegado Praxísteles Martins informou que os dois confessaram o crime, mesmo porque diante de imagens não há argumento. Os dois foram filmados por câmeras de videomonitoramento existentes na loja.
Segundo o delegado, logo após cometer o crime, os dois fugiram para a área onde se localiza o Imbiral, e permaneceram por cinco dias dentro do mato. “A equipe da DHPP já tinha informações de que a namorada de um deles já tinha viajado para Marabá. Quando eles saíram do esconderijo para pegar a van para a cidade paraense, fizemos o monitoramento e informamos tanto a Polícia Civil como a Militar. As entradas para a cidade paraense foram fechadas, a van foi identificada e os dois presos”, destacou Praxísteles Martins.
Segundo o delegado, Emerson Santos de Sousa, que é de Imperatriz e morador da Vila Lobão, ficou preso porque tinha em seu desfavor um mandado de prisão já com sentença condenatória oriundo de crime anterior. “Já havíamos representado pela prisão preventiva de Emerson, via plantão judiciário, entretanto a justiça definiu que não tinha necessidade da prisão ser decretada durante o plantão. Por esse motivo ainda não foi deferida, estamos aguardando”, disse.
Quanto ao adolescente, ele foi alvo de ato infracional correlato a porte de arma, porque estava portando a pistola ponto 40 roubada do policial. Pelo crime, foi solicitada da justiça a decretação da internação provisória dele, o que foi acatada pela Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Imperatriz.
Emerson Santos de Sousa, depois de ser submetido a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), foi levado para a
Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), onde se encontra à disposição da justiça. O adolescente foi levado para O Centro Socioeducativo de Internação Provisória Semear, Funac de Imperatriz. Os dois se encontram à disposição da justiça.
Armas do crime
No depoimento, Emerson e o adolescente informaram que as armas usadas no crime teriam sido jogadas no rio Tocantins. Entretanto, a polícia não descarta que as armas estejam escondidas em algum local, ou então entregues a outros criminosos. O delegado Praxísteles não descarta que os acusados pertençam a facções criminosas em Imperatriz, entretanto o que está descartado é que a morte do policial tenha sido a mando dessa facção. “O crime foi latrocínio (roubo seguido de morte) mesmo”, destacou o delegado.
Quanto a participação de uma terceira pessoa no crime, no caso Pedro Sousa Brito, que foi morto em troca de tiros com policiais militares, o delegado Praxisteles disse que existe essa possibilidade. “Existe essa possibilidade, só não está confirmado porque ainda faltam análises de algumas provas que foram coletadas, ou seja, análises técnicas e periciais”, disse Praxísteles.
O delegado informou que pessoas ainda serão ouvidas para que o inquérito seja definitivamente concluído e enviado à justiça.
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