Clodoaldo quando chegava na DHPP, no início da tarde de ontem

Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa - DHPP, comandados pelo delegado Praxisteles Martins, titular daquela especializada, prenderam, no fim da manhã de ontem, o comerciante Clodoaldo da Silva Alves, 35 anos, acusado de matar a ex-mulher, a bancária Elizelda de Paulo Alves.

A prisão aconteceu em uma fazenda de propriedade do tio do acusado, localizada no município de Ulianópolis, distante cerca de 240 km de Imperatriz. Os policiais civis cumpriram mandado de prisão decretada em desfavor de Clodoaldo pela juíza Ana Paula Silva Araújo, titular da Vara da Infância, através de plantão judiciário.
Clodoaldo da Silva Alves foi monitorado pelos policiais civis da DHPP de Imperatriz desde que o veículo que ele conduzia, um Corolla branco, foi encontrado em frente a um hotel em Itinga do Maranhão, distante 130 km de Imperatriz.
Clodoaldo Alves estava foragido desde o dia do crime, que aconteceu na última segunda-feira (26), dentro de um quarto de hotel, no bairro São José do Egito. Ele fugiu após atirar contra a bancária, que tentava uma reconciliação. Na portaria do hotel ele disse que a vítima estava quebrando tudo no quarto e quando os funcionários chegaram ao local, Elizelda estava caída, se esvaindo em sangue. Ela foi atingida por um único tiro na cabeça, pelo lado de trás, e morreu no local. A arma do crime Clodoaldo disse que tinha deixado no hotel, mas isso não aconteceu, e o delegado Praxisteles acha que ele jogou em algum lugar.
O crime teve uma grande repercussão na cidade e até em nível de Brasil. O assassinato brutal chocou a população pelo nível de crueldade como foi praticado. Clodoaldo estava separado da ex-mulher havia dois meses e ela tentava insistentemente uma reconciliação.

Recambiado

Clodoaldo da Silva Alves foi recambiado para Imperatriz e levado para a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa - DHPP, onde foi ouvido pelo delegado Praxisteles Martins. Durante o depoimento, que teve a duração de três horas, Clodoaldo foi assistido por dois advogados.
A imprensa não teve acesso ao depoimento do acusado, que foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, que prevê pena de 12 a 30 anos de reclusão, em regime fechado.
Depois de prestar depoimento, Clodoaldo foi submetido a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, transferido para a Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz – UPRI-I, onde se encontra à disposição da Justiça.