O Ministério Público do Maranhão conseguiu a condenação de Douglas Barbosa Assis, no último dia 4, a 26 anos de reclusão e 13 dias de multa por latrocínio. No final do mês de abril, o réu espancou a tia, Maria Divina Marinho, de 62 anos, que ficou internada por um mês no Hospital Municipal de Imperatriz até vir a óbito.
A denúncia foi feita em junho pela promotora de justiça Alline Matos Pires, titular da Promotoria de Justiça em Defesa da Mulher. Responsável pela instrução do processo, o promotor de justiça Joaquim Júnior, titular da Promotoria de Justiça em Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência, considerou importante a condenação, porque casos como este servem de alerta para a população.
Para ele, o número de idosos que morrem por conta de violência doméstica, seja ela física ou psicológica, é maior do que o relatado nas estatísticas. “Muitas vezes um idoso sofre violência e os agressores dizem que foi uma queda ou algo parecido e o crime acaba passando em branco, sem condenação dos responsáveis”, afirmou.
A promotora Alline Matos ressaltou a celeridade com que foi analisado e julgado um crime tão grave de violência doméstica e familiar. Foram dois meses. “Foi um crime que chocou toda a população pela enorme carga de violência. É muito importante para nós um julgamento tão rápido, ainda mais na época em que comemoramos o aniversário da criação da Lei Maria da Penha”, diz a promotora.
O caso - De acordo com o inquérito policial, no dia 29 de abril, Douglas Barbosa furtou a quantia de R$ 1 mil e dois telefones celulares da casa da vítima. O denunciado morava em um quarto nos fundos da casa da tia e a surpreendeu bem cedo com violência, apertando seu pescoço, derrubando-a no chão, desferindo chutes e socos contra o seu rosto, cabeça e demais partes do corpo.
Após as agressões, a vítima desmaiou por algum tempo, momento em que Douglas a arrastou por cerca de dez metros. Foi quando o denunciado fugiu, após furtar o dinheiro e os celulares. Encaminhada para atendimento médico, Maria Divina faleceu no dia 29 de maio em decorrência de insuficiência respiratória por conta de um trauma torácico ocasionado pela violência sofrida.
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